São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Genética pode ter questões de teste de paternidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Nas provas de biologia, é comum aparecerem questões de genética que envolvem o DNA.
Segundo o professor de biologia do colégio Porto Seguro, Eduardo Lavieri Martins, o tema pode ser cobrado em forma de perguntas contextualizadas.
"Testes de paternidade e identificação de cadáveres podem ser realizados utilizando o DNA."
Cada indivíduo possui dentro do núcleo de suas células mais de 50 mil informações quimicamente codificadas, e que são transmitidas hereditariamente.
Cada informação está codificada em uma sequência de trincas de nucleotídeos. O que é isso?
São unidades formadas por um açúcar (desoxirribose), um ácido fosfórico e uma base nitrogenada. São quatro os tipos de bases nitrogenadas: adenina, guanina, citosina ou timina. A adenina só se liga à timina e a citosina, com a guanina.
"Como há praticamente infinitas sequências de trincas de nucleotídeos possíveis, pode se dizer que cada pessoa possui um conjunto de sequências exclusivas", explica o professor.
Metade dessas sequências foram transmitidas pela mãe e a outra metade, pelo pai.
"Por processos químicos, é possível comparar o material genético de um suposto pai com as sequências de trincas de nucleotídeos de um suposto filho. Se as sequências coincidirem, está provada a paternidade."
Histórias envolvendo testes de paternidade não faltam para ilustrar o assunto. Uma das mais recentes aconteceu com o jogador de futebol Edmundo.
A modelo Cristina Mortágua dizia que o jogador era o pai de seu filho. Edmundo negava e teve de ser submetido ao teste de DNA. Resultado: positivo.
Mapeamento
Há um projeto em andamento, com verbas de US$ 3 bilhões, denominado Genoma Humano.
"A intenção é mapear os genes humanos. Em 2002, data prevista para a conclusão do projeto, as doenças geneticamente condicionadas vão ter localização conhecida nos cromossomos."
Assim, será possível saber quais são os genes causadores dessas doenças.

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