São Paulo, sexta-feira, 8 de novembro de 1996
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Donos de casas pedem pressa em reforma

DA REPORTAGEM LOCAL

Proprietários de casas com telhados danificados pela queda do avião da TAM pedem agilidade no conserto. Eles continuam morando no local e temem que chuvas danifiquem seu interior.
"Ainda falta consertar o forro e as rachaduras. Mas, para isso, terei de esperar a decisão da seguradora", diz Vera Lúcia Lourenço Fucabori, 37, que teve o telhado da casa trocado.
A moradora da rua Luís Carlos Orsini Massuko Oka, 61, afirmou que uma equipe da TAM consertou provisoriamente uma parte das telhas, cobrindo o restante com uma lona.
"Agora o serviço foi parado. Espero que eles arrumem logo porque, se chover, a sala vai inundar."
A pressa para voltar ao trabalho normal fez com que proprietários de uma construtora da região, cujo prédio também foi atingido, acionassem seu próprio seguro.
"Resolvemos começar a consertar por conta própria porque o seguro da TAM pode demorar. A construtora precisa voltar ao trabalho", diz o estruturista da empresa Rildo Cavalcanti, 37.
"Quem ainda estiver com problemas deve entrar em contato conosco. Mandaremos funcionários imediatamente", diz Pompílio.
Segundo ele, casas que apresentam problemas mais complicados terão que aguardar o laudo com o cálculo da seguradora.
Carros
Mauro Inácio Tibúrcio, 26, sócio de uma revendedora de carros do local, perdeu quatro carros no acidente. Todos já foram pagos.
"Fechamos o preço por telefone, e fui buscar o cheque no dia seguinte", diz Tibúrcio. Segundo ele, os preços acertados são valores regulares de tabela.
Também se diz satisfeito com as negociações o dono de um fusca ano 76, Lailson Santos de Araújo, 29. Ele recebeu R$ 3.200 pelo seu carro destruído.
O valor de tabela era menor, mas os cálculos incluíram alguns acessórios, como a aparelhagem de som do carro.
Para José Ferreira de Lima, 49, dono de uma perua Kombi ano 77 também destruída, a seguradora ofereceu R$ 2.500. "Eu pedi R$ 3.000, mas a perícia achou que não valia", diz.
Lima, que ganhava dinheiro transportando cargas em sua Kombi, também recebeu, ontem, R$ 80 por dia não-trabalhado.

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