São Paulo, sábado, 9 de novembro de 1996
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Pequim busca estreitar laços

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

No item visitas, nenhum país do mundo tem sido tratado com tanta deferência diplomática pela China como o Brasil.
Nos últimos quatro anos, foram ao Brasil 6 dos 7 integrantes do comitê permanente do Politburo do Partido Comunista chinês, o núcleo do poder no país mais populoso do planeta.
As visitas, como esta do premiê Li Peng, buscam promover a "parceria estratégica", expressão cunhada pelo chineses para descrever as relações com o Brasil.
A China quer do Brasil apoio em organismos internacionais, como a ONU, e busca aproximação econômica e cooperação tecnológica com "outro gigante do mundo em desenvolvimento".
A questão dos direitos humanos não pesa nas relações bilaterais, para satisfação de Pequim. O Brasil não pressiona a China para que caminhe rumo à democracia, como fazem, por exemplo, os EUA.
A China também vislumbra o Brasil como um futuro fornecedor de grãos e alimentos.
O governo chinês ainda não apresentou proposta ampla para atuação conjunta nesse campo, mas se avalia que há interesse de Pequim em buscar novas fontes de alimentos diante do crescimento de sua população. Hoje, a China tem 1,2 bilhão de habitantes.
Dirigentes chineses já mostraram interesse em conhecer a hidrelétrica de Itaipu. O país está construindo, no rio Yangtsé, a que será a maior usina do mundo.

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