São Paulo, sábado, 9 de novembro de 1996 |
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Welles faz guerra secreta
INÁCIO ARAUJO
Existe, em primeiro lugar, o encontro de Joseph Cotten com Orson Welles. Cotten é o escritor que procura em Viena, no pós-guerra, seu amigo negociante. Ele se encontra, em princípio, morto. Depois de muito ir e vir, Cotten o descobrirá, mas na condição infame de um traficante de penicilina (na época, um medicamento recém-descoberto). Existe, em seguida, a direção segura que Carol Reed dá ao filme, criando uma atmosfera insalubre, noturna, de cidade do pós-guerra, onde a devastação sobretudo moral torna possível qualquer coisa. E não será demais lembrar a música de Anton Karas, que rodou mundo e se tornou, possivelmente, mais conhecida do que o próprio filme: melodia irônica que pontua o universo deliquescente, de guerra secreta, criado por Reed. Lembrete, também, para os assinantes do Multishow: "O Cavaleiro do Destino", de 1933, que passa às 6h, é um filme da fase desconhecida de John Wayne, e um série "B" com apenas 50 minutos de duração. Mas para os fãs de Wayne são 50 minutos imperdíveis. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Morte do pedreiro acaba em promoção Índice |
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