São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996
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Ataque governista; Efeito psicológico; Saída de emergência; Guerra total; Importando luz; Lobby ministerial; Dois coelhos; Fórmula oficial; O Planalto adorou; Já rachou; Idéia de jerico; Grita sindical; Senha tucana; Tudo em casa; Em cima da hora; Fazendo exigências

Ataque governista
FHC e Luís Eduardo Magalhães planejaram ontem com os líderes governistas dar uma demonstração de força na Câmara na próxima terça. Querem o plenário cheio para derrotar o pedido de impugnação de José Múcio (PFL) como relator da reeleição.

Efeito psicológico
Luís Eduardo Magalhães, principal operador da reeleição de FHC, avalia ser fundamental derrotar o pedido de impugnação de José Múcio. Precisa de maioria simples, mas quer vencer com placar de goleada.

Saída de emergência
Na hipótese de o STF conceder liminar ao PT, impugnando José Múcio como relator da reeleição, Luís Eduardo Magalhães já listou 12 deputados para substituí-lo. Imediatamente, evitando atrasar a tramitação da emenda.

Guerra total
Para garantir quórum nas votações da Câmara até janeiro, Luís Eduardo Magalhães desenhou um mapa com as viagens de todos os parlamentares. Se for necessário, tira deputado do avião para votar a reeleição.

Importando luz
Em telefonema ontem a FHC, Ronaldo Sardenberg (Assuntos Estratégicos) disse que fechara com a Venezuela um contrato de compra de 200 megawatts de energia elétrica. Para abastecer Boa Vista (RR) por 20 anos.

Lobby ministerial
Um tucano diz que FHC deixaria Covas satisfeito se nomeasse Euclides Scalco para a Saúde.

Dois coelhos
Segundo um auxiliar de Covas, o governador estará hoje em Brasília para, além de tratar do Banespa, pedir verba para os trens metropolitanos. Encontra o ministro Saldanha e o secretário Portella (Transportes).

Fórmula oficial
Principal credor da construtora Encol, o Banco do Brasil tem um plano pronto e acabado para o saneamento da empresa. Prevê a substituição de seu atual presidente, Pedro Paulo de Souza, por um funcionário do banco.

O Planalto adorou
Após as eleições, o PSB pensa em formar uma frente partidária com integrantes do PPS, PC do B, PDT e PMDB. Quer excluir o PT. "É um projeto não-corporativo de centro-esquerda", diz Fernando Lyra (PSB-PE).

Já rachou
Pedro Simon (PMDB) critica a articulação de PSB e PPS, para criar uma frente de esquerda que exclua os petistas. "Isso é coisa do Miguel Arraes e do Roberto Freire, brigando por espaço no Nordeste com o PT", dispara.

Idéia de jerico
Curiosamente, a Eletropaulo mandou confeccionar um brinde de final de ano que não consome a energia produzida pela estatal. Distribuirá 20 mil lanternas para clientes e funcionários.

Grita sindical
Vicentinho (CUT) batizou de "política de geração de desemprego de FHC" o governo renunciar à convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho -o que torna menor a indenização de quem é demitido.

Senha tucana
Um ministro interpretou como sinal de favoritismo de Euclides Scalco para o Ministério da Saúde o fato de o presidente ter dito que, mesmo que o nome venha dos partidos, o escolhido será da sua cota pessoal.

Tudo em casa
O líder do governo no Congresso, o tucano José Roberto Arruda, acha que não seria o fim do mundo a derrota do PSDB no Rio para o PFL. "De qualquer jeito, ganhará um dos partidos de sustentação do governo."

Em cima da hora
Malan e Clóvis Carvalho prometeram ontem a Suplicy (PT) que o BC entrega hoje, até o meio-dia, resposta ao pedido de informação sobre a operação que Pitta comandou em 94 com títulos públicos paulistanos.

Fazendo exigências
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PDT), discute amanhã sua ida para o secretariado do governador Jaime Lerner. "Só aceito convite se for para a pasta de Desenvolvimento Urbano".

TIROTEIO
De José Genoino (PT), sobre as críticas da direção estadual do partido à campanha de Luiza Erundina em São Paulo:
- São burocratas que deveriam deixar a sede do partido e ir para as ruas distribuir panfletos. É melhor do que passar o tempo falando bobagens.

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