São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996 |
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Pacientes têm vida normal
AURELIANO BIANCARELLI
Na tarde do mesmo dia, o comerciante Marco Buschmann, 22, jogava bola e surfava com amigos nas praias de Matinhos, litoral paranaense. Na periferia de Curitiba, Placidina Câmara passou a quarta-feira atrás do balcão de sua mercearia. Os três estão vivos graças à cirurgia inventada pelo médico Randas Batista. Em comum, eles têm o coração faltando um pedaço. Fazem parte dos 60% de 420 pacientes que foram operados em Curitiba e sobreviveram. Mocelin foi o primeiro a passar pela cirurgia de Batista, em agosto de 1994. "Eu não conseguia mais subir na cabine do caminhão", afirmou ele, que falou à Folha de um telefone de beira de estrada em Carapó (MS). "Meu coração só estava batendo 17% e os médicos disseram que só um transplante me salvava", contou. "Foi aí que o doutor Randas apareceu. Falou que podia experimentar uma cirurgia, disse que nunca tinha feito em ninguém e pediu que, se não desse certo, eu não o culpasse." Mocelin lembra do dia que abriu os olhos na UTI. "Eu achava que estava morto, comecei a chorar quando vi pela porta os carros e a galera lá fora. O médico pôs a mão no rosto e se afastou chorando. Nunca ninguém tinha feito aquilo no mundo." (AB) Texto Anterior: Batista é considerado genial Próximo Texto: Indicações são estudadas Índice |
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