São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Menino se afoga em piscina de colégio

DO NP; DA REPORTAGEM LOCAL

O estudante Guilherme Moreira Pires, 9, morreu afogado ontem à tarde na piscina da unidade 2 do colégio Rio Branco, no km 24 da rodovia Raposo Tavares, em Cotia (oeste da Grande São Paulo).
A reportagem da Folha esteve no colégio Rio Branco por volta das 20h30 de ontem. Na portaria da escola, funcionários da segurança não quiseram dar declarações.
O diretor daquela unidade do Rio Branco, Lourival Blanco, estava no local, mas não quis atender a reportagem.
Um estudante da unidade, que não quis se identificar, disse que no momento do acidente a aula de natação já havia terminado, e que Guilherme teria voltado sozinho para a piscina, sem que ninguém percebesse.
Segundo ele, os primeiros socorros foram prestados pelos professores de educação física Alex e Cristina.
O aluno disse que, logo após o incidente, a direção da unidade isolou a área próxima à piscina.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 15h30.
Quando a unidade de resgate do Corpo de Bombeiros chegou, pouco antes das 16h, o garoto já estava morto havia dez minutos, de acordo com informações da equipe que atendeu a ocorrência.
Guilherme, que morava na Cohab do Jardim Educandário, era filho de um funcionário da escola e estava cursando a 3ª série.
O menino estudava no colégio havia apenas cinco meses.
Ele passou a frequentar a escola dois meses após seu pai, Aldo Pires, ter sido contratado como inspetor de alunos.
"Não sei o que aconteceu. Quero descobrir. Mas pode ter certeza de que vou processar o colégio", disse ontem à noite o pai do garoto.
Iniciante
A avó do estudante, Neuza Moreira Lima, disse que Guilherme não sabia nadar. Segundo ela, ele havia começado a fazer aulas de natação na semana passada.
A aula de ontem seria sua terceira, segundo informações da avó.
Neuza disse que Guilherme não tinha problemas de saúde. Segundo ela, o apelido do garoto na escola era "Van Damme", devido à sua compleição física.
A Folha também tentou localizar o diretor da escola, Lourival Blanco, por telefone em sua casa. Segundo sua filha, ele não estava. Até as 22h30, ele não havia respondido às ligações. A reportagem também tentou entrar em contato com Primo Pascole Melare, diretor-geral do colégio Rio Branco, pelo telefone, sem resultado.

Texto Anterior: PM prende acusado de assalto a empresário; Prefeitura lança o programa Água Limpa
Próximo Texto: Telesp envia 60 mil cartas a inscritos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.