São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996
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Governo espera investimento de R$ 10 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DAS REGIONAIS

O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira, disse ontem que o governo trabalha com uma perspectiva de atrair de R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões anuais com a abertura do setor de telecomunicações.
Ele previu a sanção da lei sobre o assunto pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em maio, desde que a Câmara a aprove até a segunda quinzena de janeiro.
Para que isso ocorra, o governo discutiu ontem uma estratégia para a aprovação do projeto durante a convocação extraordinária da Câmara, em janeiro.
A discussão sobre o projeto reuniu, em almoço que se estendeu das 13h30 até as 16h30, na casa do presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães, os líderes os partidos aliados do governo e os ministros Sérgio Motta (Comunicações) e Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos). Inocêncio afirmou que Motta mantém o compromisso de encaminhar o projeto na próxima segunda-feira ao Congresso.
Segundo Inocêncio, o projeto irá para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática, onde será votada com maior rapidez. De lá vai seguir para o plenário, já com o regime de urgência aprovada.
Se houver novo adiamento na remessa do projeto, poderá haver dificuldades e atraso no cronograma da abertura. "Queremos ter a lei sancionada em maio e para isso é preciso aprová-la na Câmara ainda na gestão de Luís Eduardo", observou o líder do PFL na Câmara.
Por isso, Inocêncio previu que as conversas de ontem sobre a lei seriam conclusivas.
Três temas da lei foram discutidos durante o almoço, além de os parlamentares terem feito uma prévia sobre a votação da reeleição na Câmara, para uma nova rodada de negociações à noite, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ceterp
A Ceterp (Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto S/A) planeja atuar também fora do Estado de São Paulo, com a regulamentação da exploração da Banda B da telefonia celular, segundo o presidente da empresa, Wagner Quirici.
As empresas que exploram a Banda A, onde hoje circulam as ondas do sistema celular, estão proibidas de operar a Banda B nas suas atuais áreas de concessão.
Todo interior do Estado faz parte da área 2 de concessão da Banda A.
A saída, segundo Marcelo Pezutto, diretor da empresa, será partir para outros Estados assim que estiver esgotado o lote de 40 mil linhas de celular que devem entrar em operação até abril.
A Ceterp lucrou R$ 11,98 milhões até o terceiro trimestre deste ano. O balanço mostra um faturamento de R$ 93,7 milhões.

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