São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TSE espera que treino e experiência permitam resultados finais amanhã

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Justiça Eleitoral adotou uma série de medidas para tentar garantir que a urna eletrônica -novidade destas eleições- tenha amanhã melhor desempenho do que no primeiro turno.
A meta da Justiça Eleitoral de concluir a totalização dos votos no mesmo dia, que se mostrou inviável em 3 de outubro, continua sendo perseguida.
Dessa vez, os TREs têm a seu favor a experiência obtida pelos mesários no primeiro turno e um sistema mais simples de apuração.
Há apenas quatro possibilidades de voto: em um dos dois candidatos a prefeito do município, branco ou nulo.
Na primeira votação, havia mais concorrentes à prefeitura, além da eleição de vereadores.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contratou 312 técnicos da Unisys (fabricante das urnas) para o conserto dos equipamentos que apresentarem defeito nas 31 cidades onde haverá nova votação.
Também está prevista a troca de uma máquina que falhar por outra, o que era proibido na primeira votação. O objetivo é evitar que os eleitores se frustrem com esses problemas, como ocorreu em 3 de outubro, e sejam obrigados a votar em cédula impressa.
O presidente do tribunal, ministro Marco Aurélio de Mello, não arrisca previsão de adoção do voto convencional, mas afirma que a meta é limitar a votação em cédula física a "casos excepcionais".
Além de determinar aos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) que façam essa substituição, o TSE também cercou-se de cuidado para reduzir a ocorrência de defeitos provocados por erro no manuseio.
Os técnicos de informática do TSE fizeram mudanças no software do computador para facilitar o trabalho dos mesários e evitar travamentos na máquina. Operações antes complexas, como abertura da urna, tornaram-se procedimentos simples.
Na semana passada, o TSE enviou máquinas de reserva para as 31 cidades onde haverá segundo turno. O estoque é de pelo menos 10%, mas, em alguns casos, ultrapassa 30%, porque o TRE aproveitará equipamentos usados em 3 de outubro no próprio Estado.
Tanto o voto eletrônico como o segundo turno estão previstos em municípios com mais de 200 mil eleitores. Em 3 de outubro, houve falhas em 3,47% das 77.469 urnas eletrônicas usadas em 57 cidades. Os mesários foram considerados os responsáveis pela grande maioria dos defeitos.
Outra providência do TSE foi garantir maior rapidez na entrada de dados de resultados parciais na Internet (http//www.tse.gov.br).

Texto Anterior: Maluf indica secretários de de Pitta; PT lança denúncia
Próximo Texto: As mudanças no voto eletrônico
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.