São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
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Comércio prevê crescer 10% em 97

Setor aposta em novos clientes

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O comércio prevê para 1997 crescer mais do que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.
Enquanto espera aumento de 5%, no máximo, para o PIB, o varejo aposta que pode crescer até 10% no ano que vem.
"O comércio cresce mais porque há novos consumidores -de baixa renda- no mercado", diz Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo.
Para ele, a possibilidade de o governo colocar em prática medidas para conter o ritmo de crescimento do consumo preocupa, mas pode ter pouco efeito nas vendas.
"Desde que não venha um tiro de canhão para matar mosquito, o freio pode reduzir apenas um pouco os negócios."
É que, na sua análise, grandes redes têm capacidade de financiamento, afirmou Solimeo, durante o 5º Fórum Provar de Varejo.
Carlos Antonio Rocca, presidente do Mappin, concorda com Solimeo. Acredita que não há espaço para grande crescimento da economia em 1997, apesar da entrada de capital externo e da aceleração do programa de privatização.
Para ele, o déficit da balança comercial brasileira (importação maior do que a exportação) pode ser um fator limitante.
Mas crê que o varejo, sobretudo o que atua na linha de eletroeletrônicos, vai crescer mais do que a média da economia por causa do crediário de longo prazo e da queda das taxas de juros.
Neste Natal, diz Rocca, as lojas de eletroeletrônicos devem faturar de 10% a 15% mais do que em igual período do ano passado. Na média geral do comércio, prevê, esse crescimento pode ser de 8% a 10%.
Rocca diz que ainda é cedo para se cogitar a hipótese de frear a economia. Para Solimeo, o crescimento da inadimplência (atraso no pagamento) vai se encarregar de conter o ritmo de crescimento do consumo.

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