São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tales: 'Meu dia está chegando'

MIRNA FEITOZA PEREIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

Folhinha - Desde quando você se interessa pelo PT?
Tales - A primeira bandeira que eu carreguei foi a da Erundina, quando ela foi candidata pela primeira vez. Meu avô me levou ao comício.
Cresci e fiquei sabendo quem era Lula, o que era PT, e resolvi ser petista. Minha mãe disse: "eu sou tucana". Eu disse: quero ser PT. Democracia é democracia.
Folhinha - E por que você gosta do PT?
Tales - Ele iguala as classes sociais. Não muda totalmente. Mas não são ricos de um lado, pobres de outro e a classe média no meio. Eu não acho isso justo.
Folhinha - O que você mais admira na Erundina?
Tales - A Erundina não quer se enriquecer com a política. Tanto é que tem uma outra profissão (professora).
Folhinha - O que você faz no comitê da Erundina?
Tales - Ajudo a fazer buttons (botões) e converso com as pessoas. Já participei de uma reunião e de carreatas.
Folhinha - Sobra tempo para estudar?
Tales - Olha, eu não sou péssimo aluno. Mas não sou exemplo. Agora que estou no comitê, eu não tirei nenhuma nota vermelha, porque eu estou feliz de estar lá.
Folhinha - Você pretende seguir carreira política?
Tales - Sim. Primeiro vereador e caminho para deputado. Depois prefeito, caso eu tenha competência para um cargo executivo.
Folhinha - O que você faria?
Tales - Acabaria com qualquer tipo de discriminação.
Folhinha - Você fica frustrado por não poder votar?
Tales - Não. Quando vem uma eleição, eu vejo que o meu dia está chegando.

Texto Anterior: Um Quasímodo muito feio que agrada a todos
Próximo Texto: Nathália: 'Pitta para ministro'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.