São Paulo, sábado, 16 de novembro de 1996
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Cabral Filho diz que acionará institutos

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, Sergio Cabral Filho, disse que entrará na Justiça comum com uma ação de perdas e danos contra as empresas de pesquisas que tenham divulgado ontem índices cujos resultados fossem diferentes do resultado das urnas.
Cabral, que teve 31,92% dos votos (1.055.993), disse que apenas perdoaria divergências dentro da margem de erro das pesquisas. Sua intenção foi revelada ontem pela manhã, quando ele compareceu para votar em uma escola no bairro de Copacabana (zona sul).
Na avaliação de Cabral, as pesquisas divulgadas no dia da eleição têm influência direta na decisão dos eleitores que ainda não haviam decidido em quem votar.
O candidato defendeu que o Congresso Nacional modifique a legislação sobre pesquisas. Para ele, o Brasil deve adotar uma fórmula que fique entre a argentina e a alemã.
Segundo assessores de Cabral, na Argentina o prazo final para a divulgação de pesquisas é 30 dias antes das eleições. Na Alemanha, o prazo seria de 20 dias.
Cabral Filho votou às 10h da manhã de ontem, na Escola Municipal Roma, acompanhado da família. Enquanto o candidato segurava o filho mais novo, José Eduardo, de nove meses, no colo, os filhos maiores, Marco Antônio e João Pedro, marcaram seu voto na urna eletrônica.
Um grupo de militantes do PSDB aguardou o candidato na porta da escola e cantou slogans da sua campanha.
Preocupado com os números das pesquisas, que lhe eram desfavoráveis, Cabral estimulou os militantes dizendo que "não há veículo de comunicação ou instituto de pesquisa que decida eleição".
Após votar, Cabral saiu de carro, seguido de assessores, para percorrer pontos de votação. Ele concentrou a maior parte do dia na zona oeste da cidade.
No Instituto de Educação Sarah Kubitschek, no bairro de Campo Grande, Cabral percorreu parte das 40 seções eleitorais que funcionavam no prédio, acompanhado de assessores que traziam adesivos da sua campanha nas roupas.

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