São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Diretor troca engenharia por humanas após 4 anos

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Depois de quatro anos cursando engenharia florestal em Viçosa (MG), o diretor de comunicação da UNE, Alcino Reis, 25, decidiu abandonar os créditos que tinha e fazer ciências sociais na UFMG, em Belo Horizonte. "Eu não tinha afinidade com a profissão. Vi que era muito tecnicista."
Um ex-adversário de Reis nas eleições estudantis da UFV (Universidade Federal de Viçosa), que não quis se identificar, diz que ele era estudioso, mas não "tinha idéia do curso" quando entrou para a universidade em 1990.
Nessa época, Reis já tinha experiência como dirigente secundarista na Bahia, onde nasceu, e era ligado ao PC do B, partido do qual ainda participa.
Em Viçosa, ele foi eleito para o centro acadêmico e o Diretório Central Estudantil de Viçosa. Ajudou a conquistar a paridade para os estudantes na eleição para escolha do reitor da UFV.
Ao se matricular na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em 1994, Reis perdeu o direito de terminar o curso na UFV. Em Belo Horizonte, cursou dois semestres e trancou a matrícula por dois anos, até o início de 1997.
A coordenadora do Colegiado de Ciências Sociais, Stael Santana, informou que o trancamento foi aprovado por causa de seu cargo de dirigente da UNE e que pode ser prorrogado novamente.

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