São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Classe média terá Cingapura

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas promessas de campanha de Celso Pitta, a criação do Cingapura para a classe média e o Cingapura para a terceira idade, já estão sendo implantadas pelo prefeito Paulo Maluf.
O Cingapura para a classe média não vai ser feito em favelas nem construído pela prefeitura. É um conceito de parceria com a iniciativa privada.
A prefeitura entra com a lista de pessoas que estão esperando financiamento de imóveis na Cohab e agiliza todos os trâmites burocráticos para que o empreendimento seja viabilizado o mais rápido possível. Caberá a ela também monitorar o preço do empreendimento.
Construtoras e entidades de classe (sindicatos, preferencialmente) entram com o terreno e com o financiamento do imóvel.
Os apartamentos terão de 55 m2 a 60 m2 e custarão cerca de R$ 27 mil. É para famílias que ganham de 6 a 12 salários mínimos.
As prestações serão de aproximadamente R$ 200 depois de entregue o apartamento. Antes da conclusão da obra, o desembolso mensal do comprador será de cerca de R$ 120.
O secretário municipal da Habitação, Lair Krahenbuhl, idealizador do projeto, conta que essa parceria com a prefeitura pode render ao incorporador economia de 15% do custo final do prédio.
Outra vantagem, segundo Krahenbuhl, é o fato de o incorporador lançar o empreendimento com os apartamentos já praticamente vendidos. Isso porque existem 400 mil pessoas na lista de espera de um imóvel na Cohab.
Um projeto piloto foi construído no Jardim das Camélias (Vila Brasilândia, zona norte).
A outra promessa de Pitta, o Cingapura para a terceira idade, está em construção na Água Branca. Esse projeto embrião terá seis casinhas de quarto e sala e 36 m2. A cada cem unidades do Cingapura serão erguidas seis para idosos.
Poderão morar nessas casas apenas idosos sozinhos ou casais. Os critérios excluem filhos: "É uma moradia para idosos que vivem sozinhos", afirma Krahenbuhl.
Os imóveis não serão vendidos para os idosos, mas alugados por R$ 23 para usufruto vitalício.
Uma das preocupações do projeto é garantir convívio social para os idosos. Um pátio interno vai interligar todas as casas.
Segundo a Secretaria da Habitação, a experiência na favela da Água Branca deverá estar concluída no início de 97.
(VA)

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