São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Promessa do prefeito depende do Estado

Projeto prevê que presídio do estado vire parque

DA REPORTAGEM LOCAL

Celso Pitta quer fazer um convênio com o governo do Estado para que a prefeitura também participe do planejamento do policiamento paulistano.
Os guardas municipais, por força da legislação, não têm poder de polícia. Suas tarefas se restringem à proteção dos bens (prédios e parques) municipais.
Pitta propõe que o município repasse verba à Polícia Militar, em forma de pró-labore, para que os PMs aumentem sua jornada de trabalho. Atualmente, um policial militar trabalha 24 horas e descansa 48 horas.
Dessa forma, já que também estaria pagando o PM, a prefeitura poderia interferir no planejamento das atividades do policial.
Convênio parecido com esse está em vigor com os "marronzinhos" que cuidam do trânsito. Para que o repasse do pró-labore seja possível, é necessária a concordância do governo Mário Covas. Procurado pela reportagem para comentar a proposta, a assessoria do secretário estadual José Afonso da Silva, da Segurança, afirmou que ele estava em reunião com o governador e que não poderia atender a Folha.
Em seu programa de governo, o prefeito eleito inclui um parágrafo dizendo que vai construir um parque no complexo penitenciário do Carandiru.
Não diz como pretende realizar a construção, para onde vai mandar os detentos e o que vai fazer com os prédios.
Ainda que seu programa de governo dissesse como pretende fazer o parque, o município não poderia fazê-lo. A área do complexo não pertence à prefeitura. É do governo do Estado.
A Folha procurou o secretário da Administração Penitenciária, João Benedicto de Azevedo Marques. O secretário não respondeu às ligações.

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