São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Deserção não preocupa Fidel

MARCÍLIO KIMURA
DA REPORTAGEM LOCAL

Anualmente, cerca de dez jogadores cubanos abandonam seu país e vão para os EUA em busca de liberdade e maiores salários.
Em Cuba, os jogadores ganham em torno de R$ 360,00 por ano, enquanto que na Major League (liga profissional norte-americana) o salário mínimo anual é de US$ 112 mil e a média, pouco superior a US$ 1 milhão.
A deserção dos jogadores cubanos, no entanto, não põe em risco o beisebol de Fidel, o melhor do mundo entre os amadores.
"O número de desertores é muito menor do que a quantidade de novos talentos revelados", explica Heriberto Moreno Donate, chefe da delegação cubana, presente em São Paulo.
No mês passado, o arremessador Arnaldo Hernández, o receptor Alberto Hernández e o interbases Hérman Mesa foram condenados a nunca mais jogar beisebol em Cuba.
A polícia descobriu que eles pretendiam pedir asilo aos Estados Unidos. Os beisebolistas foram condenados por "manter relações com mafiosos norte-americanos".
"Não faz diferença eles saírem do país. Temos milhares de jogadores de mesma qualidade", comentou o dirigente.
Heriberto concorda que qualquer indivíduo deve ter a liberdade de trabalhar onde quer, porém é conservador quanto à política de Fidel.
"Existem leis que devem ser cumpridas, não questionadas", disse.
(MK)

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