São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Pett lança a 148 km/h

DA REPORTAGEM LOCAL

O arremessador José Augusto Pett, 20, foi negociado anteontem para o Piratas Pittsburg.
O ex-jogador do Toronto Blue Jays, 2,00 m e 105 kg, foi envolvido em uma das maiores transações do ano.
O time canadense cedeu Pett e outros cinco jogadores de ascensão das categorias inferiores para a principal por três veteranos do Pittsburg.
Ano que vem, Pett deverá se tornar o primeiro brasileiro a jogar em um time principal do profissional norte-americano.
O contrato do arremessador destro está avaliado em US$ 1 milhão por ano.
*
Folha - Você não ficou chateado pelo Toronto ter te descartado?
José Augusto Pett - No começo fiquei. Mas depois percebi que seria melhor. O Piratas não tem muitos arremessadores bons. E minha chance de estrear ano que vem aumentou.
Folha - Qual é a idade média para os jogadores ingressarem no profissional?
Pett - 25 ou 26 anos.
Folha - Então você é prematuro?
Pett - Sou novo, mas tenho qualidade. Só preciso melhorar minhas bolas de efeito e ganhar mais experiência.
Folha - Quais foram suas qualidades que chamaram a atenção do Pittsburg?
Pett - Meu forte são as bolas retas. A velocidade média é de 148 km/h.
Folha - Qual é a sua opinião sobre o profissionalismo na Olimpíada?
Pett - Os norte-americanos vão descer o cacete em todo mundo. Pelo segundo lugar, Venezuela, Porto Rico, Japão e República Dominicana vão quebrar o maior pau entre si.
Folha - O Brasil tem alguma chance de disputar os Jogos?
Pett - Se tiver apenas duas vagas em jogo, como agora, sem chance.
Folha - O que o Brasil precisa para se tornar uma potência?
Pett - Divulgação. Só passa futebol na televisão. Se passasse beisebol brasileiro, os Estados Unidos acabariam vendo e poderiam investir mais no país.

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