São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Saiba como pendurar os seus quadros

Dicas valorizam obras e ambientes

ANA LÚCIA ARAÚJO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Fotos, gravuras, pinturas a óleo e pôsteres. Vale colocar tudo na parede, quando a intenção é dar um novo visual para a casa.
Mas, na hora de prender o quadro à parede, sempre surge aquela dúvida: onde e como colocá-lo?
O arquiteto João Armentano diz que não existe uma forma básica. "Os quadros têm de ficar livres de todos os valores de regras."
Para ele, o mais importante é que os objetos criem uma harmonia entre si. "Quando muitos quadros são colocados próximos, na mesma parede, é fundamental, entre outras coisas, equilibrar as cores."
Pode-se conseguir esse equilíbrio, aproximando, por exemplo, um quadro laranja -uma cor forte- com outros de cores sóbrias. Assim, todos as obras ficam em destaque no ambiente.
Armentano afirma que, muitas vezes, um quadro com desenho forte, disposto de forma solitária, valoriza a obra e a parede.
Altura certa
A arquiteta Fiorella Baggio concorda com a idéia da colocação sem regras. Ela acha, no entanto, que os quadros devem ficar a pelo menos 1,1 m do chão.
Já quando estiverem sozinhos sobre os sofás, a altura mínima a ser colocada é de 30 cm, a partir da parte de cima do móvel.
O importante é que os quadros sejam sempre menores que os móveis que estão abaixo e que fiquem centralizados.
Fiorella gosta de reunir numa mesma parede quadros com tamanhos e molduras diferentes. Para ela, a simetria não é obrigatória.
Já para quem prefere colocar os quadros simetricamente, ela dá a dica: ou todos lineares pela parte de cima ou debaixo do quadro, ou ainda pelo meio -uma única linha imaginária que passe pelo centro de cada quadro.
O proprietário da Fast Frame (empresa de colocação de molduras), Rodrigo Pitanguy Viegas, explica que não se deve misturar pinturas de valor com gravuras e pôsteres mais simples.
Ele diz também que as "escadinhas" -um quadro sob o outro em diagonal- não são usados.
Uma idéia simples, sugerida por ele, é dispor quatro quadros (de tamanhos diferentes ou não) formando um único quadrado ou retângulo imaginário, com espaços vazios entre eles.
Iluminação
João Armentano explica que as luzes naturais são as mais indicadas para a iluminação dos quadros em qualquer ambiente.
As luzes diretas, frias e exclusivas para focalizar o quadro, acabam criando um efeito falso e pouco aconchegante ao ambiente. "As luzes muito diretas fazem os quadros parecerem slides", diz.
O artista plástico Dudi Maia Rosa prefere as luzes incandescentes, quando o destaque ao quadro não é prioridade no recinto. Nesse caso, as obras devem integrar o ambiente, e as luzes incandescentes conseguem valorizar esse efeito.

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