São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Sonho do negócio próprio motiva a compra

DA REPORTAGEM LOCAL

Os principais compradores das máquinas de fabricar sacolas são pessoas que decidem tornar-se seus próprios patrões. Nem sempre essa vontade é voluntária.
É o caso de Clésson Luiz Pereira de Andrade, de 42 anos. Até janeiro deste ano, trabalhava como supervisor de planejamento da indústria de balanças Filizola, quando foi demitido.
Em março, abriu uma escola de informática. Em maio, comprou as máquinas de fabricar sacolas plásticas e montou a In-Sac.
Atualmente, possui dois tipos de máquinas: a que produz sacolas para lojas e a de supermercados, ambas da Unimaq.
Andrade diz que a máquina produz cerca de 20 mil sacolas para lojas e butiques por mês e cerca de 60 mil sacolas tipo "camiseta".
"Não tenho do que me queixar. Quando era empregado, o salário era certo todo mês, mas trabalhando por conta própria é muito mais satisfatório", afirma Andrade, sem revelar o antigo salário.
Em agosto, a In-Sac produziu 40 mil sacolas para a campanha de um candidato a vereador em Ferraz de Vasconcelos (São Paulo). Naquele mês, seu faturamento ficou em R$ 12 mil.
Mas normalmente o faturamento mensal é cerca de R$ 6 mil. "Espero chegar a R$ 15 mil até maio do ano que vem."
Os preços das sacolas variam de R$ 0,18 (a mais simples) até R$ 2 (a de plástico e com logotipo em quatro cores).
Com os negócios em expansão, Andrade vai contratar mais um funcionário e já encomendou uma máquina de silk-screen semi-automática que deve ser entregue em janeiro de 97.
Interior
Sônia Maria Nedrotti, 37, comprou uma máquina da Unimaq que fabrica sacolas para lojas e virou microempresária em Indaiatuba (110 km a noroeste de São Paulo).
Ela trabalha com a máquina desde agosto deste ano em sua própria casa. Até então, trabalhava como gerente de uma papelaria.
Neste mês, com os pedidos de Natal das butiques, ela vai fabricar cerca de 3.000 unidades.
"A máquina produz cerca de mil sacolas por dia, mas para fazer uma sacola mais bem acabada, com alças e ilhoses, o tempo sobe para três ou quatro dias", diz.
O pedido mínimo para encomendas é de 500 sacolas de 40 cm de largura. Os preços vão de R$ 0,30, a de alça simples, a R$ 0,70, a sacola com logotipo nos dois lados, ilhoses e alças de cordão.
Sônia não revela o faturamento, "porque o número de pedidos varia muito".
"Há meses em que eu não tenho nenhum pedido, mas já houve um caso de um único cliente encomendar mil sacolas."
Sobre as vantagens de se tornar uma microempresária, Nedrotti diz que "tem de trabalhar muito para o negócio ser lucrativo, mas é compensador".

Onde encontrar - In-Sac: (011) 218-0844; Sônia Nedrotti: (019) 834-2435.

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