São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996 |
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Zélia Duncan grava clipe 'subaquático' no Rio
CRISTINA RIGITANO
O clipe deve ser lançado no "Fantástico", da Rede Globo, ou na MTV. O disco sai no dia 21. "O clipe complementa o disco, é o cartão de visitas do CD", afirma Zélia. "No Brasil clipe não é tratado como produto industrial. As gravadoras não acreditam no retorno", diz Cláudio Torres, filho de Fernanda Montenegro e Fernando Torres. Na primeira cena, pessoas pulam de uma altura de 10 metros, como se caíssem num abismo. "Dá aflição. Depois você vê que elas caem na água. Mas não conseguem chegar à tona. A Zélia aparece em várias partes, mas só close. A imagem dela surge como um espelho d'água", diz Andrucha Waddington, irmão do diretor Ricardo Waddington, da Globo. "A Zélia não é personagem. Ela conta o sonho", explica Breno Silveira. A cantora passou cinco horas num estúdio, até chegar ao resultado esperado pelos diretores. As outras cenas foram feitas na piscina do Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), zona norte do Rio. A figurante Eliana de Souza Soares, 30, aparece num quarto montado na piscina. "Não foi fácil representar embaixo da água. Apareço dormindo. Acordo, abro os olhos e solto bolhas". "É uma espécie de pesadelo. No final as pessoas se acostumam a viver na água. A cama passa a idéia de que ela acorda de um sonho dentro de outro sonho", diz Torres. O refrão fala de chuva e sono: "Espero a chuva cair nas minhas costas largas/enquanto durmo". Silveira aposta que o público vai entender a relação do clipe com a música: "O clipe não pode ser muito direto. Usamos água de outra forma, para não cair no óbvio". Texto Anterior: Um dia típico Índice |
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