São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corinthians quer implantar linha-dura

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O empate contra o Goiás, anteontem, por 1 a 1, deixou tenso o clima no Corinthians.
Logo após o jogo, José Mansur, vice-presidente de futebol, e Wadih Coury, diretor de futebol remunerado, reuniram-se e reclamaram da falta de fibra do time.
Irritados, eles pretendem implantar linha-dura para a temporada 97. Na opinião de Mansur, problemas de indisciplina prejudicaram o clube em 96.
"Não podemos tolerar jogadores fazendo o que querem", disse Mansur. "Eles são bem pagos e devem obedecer ordens. Quem não estiver contente que saia."
Os dois decidiram, ainda, descontar 40% do salário de Souza, que fugiu da concentração corintiana na sexta-feira à noite (leia texto ao lado).
"Eu tinha optado por deixá-lo no banco porque ele não estava em boa fase", explicou o técnico Nelsinho. "Na hora do jantar, pedi para irem chamá-lo, mas o Souza tinha feito as malas e ido embora."
Segundo o treinador, o caso foi entregue à diretoria. Souza deve ser afastado do grupo e negociado com outro clube.
Com o resultado, o Corinthians continuou fora da zona de classificação, com 31 pontos. O time precisa vencer Internacional e Coritiba, seus últimos adversários, e torcer por outros resultados para se classificar.
Os destaques Os meias Lúcio, do Goiás, e Neto, do Corinthians, foram os destaques da partida.
No primeiro tempo, Lúcio comandou os contra-ataques goianos e abriu o placar, após dar belo drible no zagueiro Henrique.
No segundo tempo, atendendo aos pedidos da torcida, Nelsinho colocou Neto no lugar de Romerito, que não atuava bem.
Com a entrada de Neto, o Corinthians melhorou e passou a criar chances de gol. Foi o próprio meia que empatou, cobrando falta no canto esquerdo do goleiro Kléber.
"Melhoramos no segundo tempo, mas o Goiás soube tocar a bola", comentou Nelsinho.
(JCA)

Texto Anterior: Cruzeiro; Sport
Próximo Texto: Corinthians; Goiás
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.