São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 1996
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Informe-se na Av. Paulista

FERNANDA TEIXEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Surfar na Internet, colher material para o trabalho de escola nas ilhas de informação do banco de dados culturais, preparar-se para o vestibular consultando a biblioteca informatizada, ser sócio de uma videoteca circulante, assistir a shows ou peças. Que tal ter acesso a esses serviços e atividades sem gastar nada?
Nem museu, nem galeria, o Instituto Cultural Itaú -declarado como serviço de utilidade pública pelo governo federal- parece um parque de diversões culturais da família dos Jetsons.
Em um dos dois boxes de acesso à Internet, Carlos Cesar Santos, 21, procura informações sobre a cultura australiana e "talvez mande um e-mail para uma página teen". No escurinho da sala de vídeo, Marineide Silva, 15, Fábio Campos, 16, e Janaína Rodrigues, 15, assistem a um programa sobre a Semana de Arte Moderna.
Mas a grande vedete do ICI é o Banco de Dados Informatizado. Qualquer pessoa pode consultá-lo, devidamente monitorada por um orientador cultural do Instituto.
São oito ilhas de informação. Cada uma dispõe de um computador conectado a dois monitores -um para texto e outro para imagem. Em seu arquivo, estão os módulos Pintura, Fotografia, Literatura e História do Transporte Aéreo.
É fácil entender como funciona. Em uma ilha, Rodrigo Lopes, 16, e Daniela Neri, 17, pesquisam sobre o pintor Antônio Henrique Amaral. "A gente precisa fazer uma pintura baseada no estilo dele", explicam. Assim, acessam o artista pelo nome, e todas as informações disponíveis sobre o pintor aparecem num dos monitores. O outro se destina a reproduzir suas obras mais representativas, com definição de cor e imagem.
"Reproduzimos da tela do computador as fotos que mais gostamos", explicam e deixam o local com uma cópia em printer.
Zilda Kessel, coordenadora de Comunicação Cultural do ICI, observa que o Banco de Dados é muito utilizado para resolver problemas escolares.
Como Priscila Leandro, 14, e Geisla Marçal, 14, que precisavam fazer um trabalho escolar sobre Di Cavalcanti. Depois de uma hora no local, saíram satisfeitas com a biografia do pintor e a imagem da obra escolhida.
"Temos atendido uma média de 15 mil pessoas por mês", informa Zilda Kessel, adiantando que em breve o ICI vai inaugurar um pequeno bar. "Precisa ter um lugar gosto para bater papo depois de assistir a um vídeo", comenta.

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