São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996
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Diretor nega surto de infecção

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O diretor da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Chagas de Oliveira, descartou a possibilidade de estar havendo um surto de infecção hospitalar na maternidade.
Para ele, o crescimento da taxa de mortalidade no hospital é causada pelo fato de a maioria dos bebês nascerem em processos de gravidez de alto risco. A seguir, trechos da entrevista.
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Agência Folha - Como o sr. explica a morte de 49 bebês desde 1º de novembro?
Chagas de Oliveira - Na realidade, não foram 49 mortos aqui na maternidade. Trinta e três entraram mortos no útero de mulheres que tiveram óbito fetal, sendo que 16 nem chegaram a ir para o berçário. Essas mulheres tiveram esses fetos já mortos. Esse número é elevado porque, como o hospital é de referência, toda gravidez de alto risco vem pra cá.
Agência Folha - Mas em novembro a taxa de mortalidade do hospital está acima do normal e ela sempre incluiu os natimortos. Está havendo algum problema?
Oliveira - Na maternidade não, mas no sistema de saúde do município sim. Para cá é mandado todo tipo de gravidez de risco de Fortaleza, uma cidade de 2,5 milhões de habitantes.
Agência Folha - O sr. descarta a possibilidade de que as mortes possam ter ocorrido por infecção hospitalar?
Oliveira - Descarto totalmente. O hospital funciona dentro das normas internacionais de higiene.

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