São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996
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Indústria diz como cortar 'custo Brasil'

Propostas foram entregues no Planalto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CNI (Confederação Nacional das Indústrias) entregou ontem ao ministro Clóvis Carvalho (Casa Civil) 60 propostas para reduzir o "custo Brasil" (fatores que encarecem a produção no país).
Segundo a CNI, todas as medidas podem ser colocadas em prática sem a necessidade de alterações na Constituição.
"Continuamos defendendo as reformas constitucionais, mas há como reduzir o 'custo Brasil' por meio de portarias e decretos", disse o presidente da CNI, Fernando Bezerra.
A entidade quer isentar da Cofins e do PIS-Pasep os serviços prestados ao exportador, como armazenamento e despacho aduaneiro.
A CNI quer ainda que as empresas que estão no cadastro de devedores da União sejam autorizadas a tomar empréstimos com juros subsidiados na linha de crédito do Proex (programa que incentiva as exportações).
Também propõe que o Proex seja estendido a todos os importadores privados.
Hoje, segundo a CNI, o crédito só é oferecido ao setor público estrangeiro quando o financiamento é firmado com o governo brasileiro.
Os empresários querem ainda a ampliação do prazo de pagamento de impostos.
Pela proposta, o Imposto de Renda retido na fonte seria pago no último dia útil do mês.
Essa regra permitiria às empresas fazer caixa com o IR descontado dos empregados. Hoje, elas devem recolher o imposto na semana seguinte ao pagamento do salário.
Os empresários pedem mais prazo para pagar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a contribuição previdenciária. Também pedem regras mais tolerantes para abater do Imposto de Renda as provisões para créditos de difícil recebimento e, na área trabalhista, menos burocracia.

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