São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996
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Obra narra diabruras de anti-herói

CARLOS CORTEZ MINCHILLO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Novela publicada primeiramente em capítulos nos jornais, "Memórias de um Sargento de Milícias" é um caso atípico da literatura romântica. Ao invés de dondocas da burguesia, tematiza a vida suburbana e seus personagens típicos, focalizando um protagonista que está longe do modelo moral dos heróis tradicionais.
Foi num navio que vinha de Portugal para o Rio de Janeiro que se conheceram Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça.
Passaram a morar juntos e, sete meses depois, entre choros e esperneios, nasceu Leonardinho, que se revelou, desde cedo, irreverente e insubordinado.
As peripécias do filho, porém, não eram o único motivo de preocupação para Leonardo pai: Maria da Hortaliça, muito dada às traições, acabou fugindo. Leonardo Pataca, enraivecido, abandona Leonardinho. O padrinho do menino acolhe-o e procura, sem grandes êxitos, fazer com que o garoto entre na linha, mas o menino encontrava, em qualquer ocasião, um jeito de aprontar.
Leonardo se torna um rapaz vadio e entra em choque com o major Vidigal, autoridade policial temida por todos.
Mas nem só de festas e encrencas vive nosso herói: ele se apaixona por Luisinha, moça sem graça, mas sobrinha de uma rica senhora. Luisinha, no entanto, se casa com outro. Leonardo vive um curto romance com a mulata Vidinha. Só depois da morte do marido de Luisinha, os dois podem, enfim, se casar.

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