São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996
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Punições descartadas; Projeto; Tirando a fantasia; Mais casos; Aposentadorias excepcionais

Punições descartadas
"Perguntado pela imprensa sobre as divisões internas no PT em Santos e Diadema e sobre os desentendimentos entre os atuais prefeitos e ex-prefeitos petistas, candidatos, declarei: 1) que Santos e Diadema eram exceções; 2) que a direção nacional não iria tolerar a repetição de outras situações como Santos e Diadema e que iríamos cortar o mal pela raiz; 3) que seria falta de humildade atribuir a derrota só aos problemas internos do PT e às divergências entre os candidatos e os prefeitos; 4) que não vamos mais aceitar que lideranças se oponham às decisões das direções partidárias; 5) em nenhum momento declarei que 'haverá punições', pelo contrário.
Perguntado, declarei que não havíamos discutido a questão nesses termos e me recusei inclusive a adiantar que medidas seriam tomadas; 6) fui pessoalmente à Rede Globo explicar que não é fato que a direção nacional do PT reunida decidiu punir militantes em Santos e Diadema, como noticiou o 'Jornal Nacional'."
José Dirceu, presidente nacional do PT (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Luis Henrique Amaral - Em entrevista gravada, o presidente do PT, José Dirceu, afirmou que "haverá punições" aos militantes envolvidos nas lutas internas do partido em Diadema e Santos.

Projeto
"Cumpre-me esclarecer noticiário contido na edição de 20/11. Fui perguntado pelo jornalista Ricardo Feltrin por que foram retirados da pauta das sessões plenárias os projetos de lei sobre o projeto Cingapura.
Respondi que essa retirada momentânea da pauta deveu-se ao fato de que, das quatro comissões técnicas que opinariam sobre a matéria, duas delas (Comissão de Saúde e a Comissão de Administração Pública), presididas pelos vereadores Adriano Diogo, do PT, e Francisco Whitaker, também do PT, não haviam feito as reuniões para emitir seus pareceres técnicos.
À vista disso, os projetos de lei sobre o projeto Cingapura não podiam constar da pauta das sessões plenárias, pois estavam obviamente incompletos.
E disse mais: o prefeito Paulo Maluf jamais retirou da Câmara os projetos de lei sobre o projeto Cingapura. Ao contrário, pediu que fossem apreciados em regime de urgência, em carta datada de 17 de outubro.
Esclareci também que após 30 dias aguardando parecer nas duas comissões a matéria pode ser votada pelo plenário da Casa. O prazo de 30 dias já se completou. Acrescentei ainda que nas duas comissões técnicas a oposição tem maioria de representantes.
Estamos estudando a reinclusão dos referidos projetos de lei na pauta das sessões plenárias proximamente, já que há condições regimentais para tanto. Assim sendo estranhei muito, na minha condição de líder do governo, que o fato fosse interpretado pela oposição como 'manobra eleitoreira' do prefeito.
Minhas declarações foram distorcidas. Daí essa interpretação errônea e maldosa.
Preciso também registrar que foi incluída na reportagem 'Governo usa justificativas diferentes' uma frase dita por mim há 30 dias, maldosamente truncada, pois minha frase completa explicava que o projeto Cingapura não era um projeto imobiliário, como pretendia o PT, e sim um projeto de desenvolvimento social e de restauração da cidadania dos favelados.
Disse mais: 'Acho até que os imóveis do projeto Cingapura deveriam continuar nas mãos da prefeitura, enquanto o objetivo principal não fosse alcançado, isto é, o seu desenvolvimento social e a restauração da cidadania dos favelados'.
Somente após essa etapa, na minha opinião, é que deveríamos efetivar a operação imobiliária de compra e venda.
Registro esse fato porque o jornalista fez parecer, nas minhas palavras, que eu sou contrário à simples venda dos apartamentos. Outra inverdade."
Miguel Colasuonno, líder do governo na Câmara de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Ricardo Feltrin - Os projetos, de fato, não saíram fisicamente do prédio, mas foram substituídos por outro, enviado pela prefeitura, que deve ser encaminhado para votação. Tal procedimento, na prática, implica a não-inclusão dos projetos atuais na pauta de votações. A carta do vereador também não nega sua afirmativa -feita há um mês- de que ele era contrário à venda e que foi voto vencido no partido.

Tirando a fantasia
"Três dias após a confirmação da eleição do sr. Celso Pitta, o prefeito de São Paulo tirou a fantasia de cordeiro.
Favelados expulsos, com direito a igreja demolida; retirado da pauta da Câmara o projeto que permitiria a venda dos apartamentos do Cingapura e, enfim, o futuro prefeito, devidamente eleito, vai à Inglaterra 'descobrir' o que já se sabia há meses: o 'Fura-Fila' é mesmo muito caro."
Mauro Cezar Pereira (São Paulo, SP)

Mais casos
"Muito judicioso o artigo de Elio Gaspari sobre a aposentadoria do Lula.
Agora queremos ver também detalhes sobre as aposentadorias de ACM, de FHC, de Franco Montoro e até de seu falecido amigo Golbery."
Ademar Adams (Cuiabá, MT)

Aposentadorias excepcionais
"Absurda, abusiva e contrária aos princípios éticos essa tal de aposentadoria a anistiados políticos."
Walter Duarte (São Caetano do Sul, SP)

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