São Paulo, sábado, 23 de novembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Caso Bodega tem mais um acusado
DA REPORTAGEM LOCAL A polícia identificou ontem um novo acusado de envolvimento no crime do bar Bodega.O motorista de táxi Francisco Ferreira de Souza, 41, o "Chuim", teria transportado outros dois acusados até o Bodega, em Moema (zona sul), no dia 10 de agosto. Souza, que continua foragido, é a sexta pessoa acusada pelo crime. Anteriormente, a polícia acreditava que apenas cinco pessoas estariam envolvidas no caso. O crime no bar Bodega aconteceu no dia 10 de agosto. Durante o assalto, foram mortos a estudante de odontologia Adriana Ciola e o dentista José Renato Tahan. Inicialmente, nove pessoas foram presas e acusadas de terem cometido o crime pelo delegado João Lopes, do 15º DP (Itaim Bibi). Mas eles foram soltos pelo Ministério Público, que considerou que eles confessaram sob tortura. A investigação passou, então, para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que já prendeu três suspeitos: Silvanildo Oliveira da Silva, 36, Sandro Márcio Olímpio, 24, e Zeli Salete Vasco, 31. A polícia também conseguiu identificar ontem outro acusado, o comerciante Sebastião Alves Vital, 31, conhecido pelos apelidos de "Basto" e "Preá". Um outro acusado continua sem identificação. Ele é conhecido apenas por "Alemãozinho". Segundo o delegado Wagner Giudice, do DHPP, Souza e Vital foram reconhecidos pelos três acusados presos. "Os familiares dos dois também afirmaram que eles participaram do assalto", disse o delegado. Vital é procurado pela Justiça há três anos. Ele tem cinco condenações por assalto e está condenado a mais de 30 anos de prisão. Já Souza tem a ficha limpa. Giudice disse que os acusados teriam ido em dois carros ao Bodega: o Gol azul de Zeli e o Verona branco, placas BYE-8765, de Souza. Giudice afirmou também que recebeu ontem os laudos do IML que comprovam as balas que mataram Adriana e Tahan saíram do mesmo revólver. Ele tem convicção que foi Olímpio o autor dos disparos. Tortura O Ministério Público, que investiga as denúncias de tortura, convocou o empresário Haya Hohagen para depor. Hohagen assinou como testemunha de confissão o depoimento de três acusados que disseram ter sido torturados. Texto Anterior: Acaba inquérito sobre policiais e bicheiros Próximo Texto: Anel salva professora de tiro após assalto a posto bancário Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |