São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
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Comitiva leva inseticida e estoque de sangue

DA ENVIADA ESPECIAL

A comitiva do presidente Fernando Henrique Cardoso chega hoje a Angola com uma bagagem diferente da que costuma carregar nas viagens internacionais -estoque de sangue, remédio contra malária e inseticidas.
Somente a capital de Angola, Luanda, registra cerca de cem casos novos de malária todos os meses. Dois soldados brasileiros já morreram vítimas da doença, que causa uma febre intermitente.
Não existe vacina contra a malária. Para tentar se prevenir da doença, FHC, d. Ruth, a comitiva presidencial e os jornalistas brasileiros começaram a tomar, uma semana antes da viagem, comprimidos de Mefloquina.
Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento atua na corrente sanguínea, tentando inibir o desenvolvimento do parasita.
Todos terão de continuar a tomar o medicamento até quatro semanas após o regresso de Angola.
A ingestão do remédio pode acabar atrapalhando os brindes que os chefes de Estado costumam fazer quando se encontram -quem toma Mefloquina fica proibido de ingerir bebidas alcoólicas até o final do tratamento.
A malária é transmitida por picada de mosquito, por isso o avião presidencial foi todo dedetizado.
Não é só a malária que assusta a comitiva presidencial. Existem espalhados por Angola cerca de 15 milhões de minas, herança de 20 anos de guerra civil.
Por precaução no caso de acidente, a comitiva traz sangue A positivo (para o presidente) e AB positivo (para d. Ruth). Tem ainda grande preocupação em relação à água, pois seu tratamento em Angola é considerado insatisfatório.

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