São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
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Casos graves exigem cirurgia

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

As formas mais graves da doença de Crohn exigem que a pessoa passe por uma cirurgia para retirar parte do seu intestino.
O problema é que a inflamação pode ser tão intensa que provoca cicatrizes no intestino. Essas cicatrizes acabam produzindo uma estenose (estreitamento) nas alças do intestino, o que pode dificultar ou até impedir a passagem dos restos alimentares.
Ás vezes, uma fístula pode fazer com que as fezes escapem do intestino e acabem se alojando dentro da cavidade abdominal, o que implica risco muito grande de uma infecção generalizada.
Um dos limites da cirurgia é que ela não impede que a doença continue progredindo. A inflamação pode pode se instalar em outra parte do intestino.
Adelmário Bastos explica que cirurgias repetidas podem encurtar muito o tamanho do intestino e dificultar a absorção dos nutrientes.
Atualmente, ao invés de retirar um pedaço do intestino, os cirurgiões estão usando uma nova técnica. Eles fazem um corte e uma sutura especial sobre o local do estreitamento (estenoplastia), para evitar a perda de um pedaço do intestino.
Sempre que possível, os médicos evitam as cirurgias. Muitas das fístulas que aparecem na pele acabam se fechando com o início do tratamento com remédios e com o uso de câmara hiperbárica (aparelho em que a pessoa fica exposta a maiores concentrações de oxigênio no ar).
(JB)

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