São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
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Cerveja e rock preocupam Mats Wilander

ALEXANDRE GIMENEZ
ENVIADO ESPECIAL A ITAPARICA (BA)

Aos 32 anos e cerca de US$ 8 milhões em prêmios acumulados em 15 anos como tenista profissional, o sueco Mats Wilander chegou a um ponto da sua carreira em que o mais importante são o espetáculo, a cerveja e o rock and roll.
Wilander, ex-número 1 do mundo, é dono de uma cervejaria na Suécia, em sociedade com o também tenista Joakim Nystrom.
O atleta também tenta a carreira como guitarrista da, não tão promissora, banda Traveling Vicht Band.
Como não poderia deixar o histórico de 33 títulos do circuito ATP Tour, incluindo 7 de Grand Slam, Wilander continua disputando torneios de exibição e do circuito da ATP (Associação de Tenistas Profissionais).
Na exibição, diz, o importante é proporcionar um bom espetáculo.
"No torneio profissional, você quer ganhar o mais rápido possível para não se desgastar", disse o jogador, o grande destaque do torneio exibição disputado nesta semana em Itaparica, na Bahia.
Wilander mostrou que está mais descontraído do que no seu tempo de dedicação exclusiva ao circuito profissional.
Exemplo: com um jogo marcado para a quinta-feira, ele ficou na véspera até tarde assistindo o show do humorista Tom Cavalcante.
Também não se privou de provar as bebidas servidas na noite. Resultado: passou mal na partida contra o brasileiro Carlos Alberto Kirmayr e o jogo foi adiado.
No próximo ano, Wilander quer disputar seis torneios do circuito profissional e preencher o resto do tempo em torneios de exibição.
Atualmente, Wilander ocupa a posição 191 no ranking mundial.
O jogador disse que os torneios de exibição são financeiramente compensadores. "Aqui, em Itaparica, eu até jogaria de graça."

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