São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996 |
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NOGUEIRA BATISTA NOGUEIRA BATISTA Paulo Nogueira Batista Jr. comenta sua passagem pelo governo Sarney como assessor para dívida externa, quando Dilson Funaro era ministro da Fazenda: "Estava trabalhando em Brasília na época (do Cruzado), não estive envolvido na formulação do Plano Cruzado, mas estava muito envolvido na negociação internacional. Funaro fazia apelos para que o Brasil fosse readmitido no mercado financeiro internacional e, enquanto isso, o Plano Cruzado estava consumindo nossas reservas. É claro que houve erros internos de condução do Plano Cruzado, (...) mas o colapso do programa foi apressado pela falta de uma solução para o problema externo". Crítica Batista Júnior critica Maria da Conceição Tavares e Luiz Carlos Bresser Pereira como ministro da Fazenda do governo Sarney: "Eu era aluno ouvinte do seu curso (de Conceição Tavares) de desenvolvimento, muito interessante, apesar de prejudicado, já naquela época, por uma certa tendência autoritária da Conceição, que faz com que ela seja uma professora instigante, mas às vezes um pouco massacrante. Depois esse traço se desenvolveu um pouco, se acentuou". "Bresser fez parte de um processo pelo qual Sarney, pouco a pouco, foi se libertando da influência do PMDB. A posteriori, é claríssimo que Bresser foi um instrumento, que Sarney queria, por assim dizer, voltar à sua antiga condição de presidente da Arena e, para isso, ele precisava se libertar do PMDB. (...) Mas o Sarney não tinha força política para fazer isso abruptamente, então, primeiro, ele 'fritou' o (Dilson) Funaro, depois tentou nomear o ministro da Fazenda; a sua escolha era o Tasso Jereissati. Não conseguiu, Tasso foi vetado, e (Sarney) teve que 'engolir' Bresser." Texto Anterior: FURTADO Próximo Texto: DELFIM NETTO Índice |
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