São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
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P.U.S. quer atualizar som pesado no Brasil

Banda, com seis anos, lança o CD "Presets"

DA REDAÇÃO

Hoje tem show de uma banda querendo aparecer. O P.U.S. tenta conquistar um espaço no meio das bandas de rock-onanista com um disco repleto de efeitos de estúdio, versões dance por DJs famosos e guitarras suavizadas por percussão. Conta também para isso com uma foto de divulgação em que seus integrantes aparecem pelados.\
Com seis anos de vida, a banda não logrou acontecer. Lançou dois discos apoiados em guitarras raivosas e vocais guturais.
Após uma estada de dois meses em Londres em 95, o casal-central do P.U.S., Ronany e Syoung, voltou "chapado por tecno".
"Vimos que era preciso atualizar o som pesado brasileiro. Hoje, o que ouvimos é Prodigy" (banda eletrônica inglesa).
Também decidiram, como aconteceu com o Sepultura, usar percussão no novo disco, "Presets". "Pensávamos numa batida afro há muito tempo. No disco anterior, queríamos o Olodum gravando conosco."
Vidrados pela eletrônica, Ronany e Syoung se aliaram ao tecladista Franco Junior (ex-Paulo Ricardo), que lhes apresentou os samplers desejados.
Kiko Zambianchi (de "Rolam as Pedras") ajudou fazendo os vocais de apoio e tornando o P.U.S. conhecido no selo Paradoxx, em que acabaram gravando. "O resultado é que ou as pessoas gostam de nosso disco ou não o entendem", diz Ronany.
Ronany acha que o P.U.S. é, mais que um grupo musical, um libelo contra o preconceito. "O P.U.S. tem homossexuais, lésbica, preto, branco. Acho que criamos um terceiro sexo."
A banda participa do festival Close-Up Planet no próximo fim de semana.

Show: P.U.S. (com participação do DJ Mau Mau e grupo Batacotô)
Onde: Onu (r. Lisboa, 509, Pinheiros, tel. 3061-0414)
Quando: hoje, a partir das 22h
Quanto: R$ 5 (mulheres, cons. mínima) e R$ 15 (homens, cons. mínima)

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