São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996 |
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Diretores se acusam durante acareação PF reúne principais executivos FERNANDO PAULINO NETO
Sant'Anna disse ainda que o sócio controlador do banco, Marcos Magalhães Pinto, só teve conhecimento da existência das contas em outubro do ano passado, quando Oliveira sugeriu que as contas fossem transferidas para o Banco do Brasil como parte da negociação com o Unibanco. Oliveira reiterou que quem mandava no banco era Magalhães Pinto. "Arnoldo cuidava de uma área do banco que não fazia parte das contas infladas", disse seu advogado José Carlos Fragoso. Fragoso minimizou o fato de Oliveira ter indicado o contador-geral do banco Luís Soares Andrade. "O homem das contas era o senhor Sant'Anna, que era homem de confiança do Magalhães Pinto." O delegado da PF Galileu Pinheiro também fez ontem a acareação entre Marcos Magalhães Pinto e Arnoldo de Oliveira. A acareação entre os dois durou três horas e vinte minutos. Na saída, o advogado de Magalhães Pinto, Evaristo de Moraes Filho, disse que "se a acareação foi pedida por Arnoldo, o tiro saiu pela culatra". O advogado de Oliveira, José Carlos Fragoso, confirmou que foi ele quem pediu a acareação. Para Moraes Filho, ficou comprovado que Magalhães Pinto não participava da administração do banco. A prova seria, diz ele, o fato de Oliveira ter contratado "o contador-geral do Nacional, Luís Soares Andrade, que o Marcos (Magalhães Pinto) nem conhecia". Na entrada da PF, Fragoso disse que Magalhães Pinto era responsável pela administração. Durante a acareação, os investigadores, ao fazerem perguntas a Magalhães Pinto, referiam-se à "terceirização do banco", alusão ao fato de ele afirmar que nada tinha com a administração. Texto Anterior: Acordo recebe críticas de Quércia e Fleury Próximo Texto: Terceirização do Banerj é aprovada pela Assembléia Índice |
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