São Paulo, sábado, 30 de novembro de 1996
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TSE pede R$ 140 mi em 97 para modernização

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio de Mello, pediu ontem ao presidente Fernando Henrique Cardoso recursos para ampliar a informatização das eleições em 1998.
Ele fez apelo para que o Orçamento do próximo ano destine R$ 140 milhões à Justiça Eleitoral.
FHC disse que consultará o ministro do Planejamento, Antonio Kandir, no fim-de-semana, segundo a assessoria de Marco Aurélio. A resposta seria dada até amanhã.
Essa foi uma última tentativa do presidente do TSE para garantir a verba que permitiria a substituição dos títulos de eleitores de papel por cartões magnéticos e a votação de 70% dos eleitores em urna eletrônica nas eleições gerais de 98.
Antes de conversar com FHC, ele ouviu de membros da Comissão Mista de Orçamento que essa verba não será prevista.
"Foi uma reunião que me deixou decepcionado. A persistir esse quadro, a Justiça Eleitoral não terá um tostão para prosseguir na modernização do sistema de votação, o que é lastimável", disse Marco Aurélio de Mello à Folha.
Pressão
Desde o primeiro turno, em 3 de outubro, o presidente do TSE está buscando, sem êxito, aproveitar a estréia da urna eletrônica para obter novos recursos.
As pressões aumentaram após o segundo turno, em 15 de novembro, quando ocorreram menos defeitos nas máquinas de votar.
Marco Aurélio afirmou que a adoção do cartão magnético impediria fraudes no uso de títulos de eleitores como a investigada pela Polícia Federal nas eleições de Campo Grande (MS).
Nessa cidade, o candidato derrotado, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, acusa o prefeito eleito, André Puccinelli (PMDB), de ter recebido voto de eleitores que já morreram.
O projeto da Justiça Eleitoral prevê que o cartão magnético em estudo terá as impressões digitais do eleitor, para checagem na seção eleitoral no momento da votação.

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