São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996
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Fazer caixa; Sabadão esportivo; Pouca experiência; Senado à la carte; Briga paroquial; Bateu, levou; Volta ao campo; Emprego rural; Cofre fechado; Cartas na mesa; Batata quente; Ninguém é de ferro; Baixa inesperada; Queda-de-braço; Conflito de interesses; Lata do lixo

Fazer caixa
O ministro Kandir (Planejamento) estuda uma forma de a União vender parte de seus imóveis. Avalia-se que o patrimônio possa alcançar R$ 200 bi.

Sabadão esportivo
Marco Maciel cedeu ao lobby dos clubes esportivos que querem baixar os impostos previdenciários para 3% do que arrecadam. Anteontem, o vice viajou a São Paulo, onde foi recepcionado por dirigentes e atletas do Banespa, em clima de festa.

Pouca experiência
Desde a promulgação da Constituição em 88, o TSE recebeu 1.530 Adins (Ações Diretas de Inconstitucionalidade). O PT foi o partido que mais recorreu, 100 vezes. O PDT, 56. O PPB, que ameaça com uma Adin contra reeleição, só apresentou 5 ações.

Senado à la carte
A sucessão no Senado pode ficar indigesta. Para a esquerda, o que importa é derrotar Acarajé, como chama ACM. Não importa se com pato no tucupi (o paraense Jader Barbalho) ou arroz com pequi (o goiano Íris Resende).

Briga paroquial
O veto à candidatura de Jader Barbalho ao Senado, nos partidos de esquerda, se restringe a Ademir Andrade (PSB-PA), que é baiano como ACM e inimigo de Jader na política do Pará.

Bateu, levou
Certo de que a melhor defesa é o ataque, Paulo Afonso (SC) pensa em responder às acusações de que fraudou precatórios acusando a oposição de querer que ele devolva o dinheiro que conseguiu para obras no Estado.

Volta ao campo
O estudo "O Novo Rural Brasileiro", apresentado por José Graziano, da Unicamp, diz que o fim do êxodo rural não se deve à criação de vagas de trabalho na agricultura.

Emprego rural
Segundo o estudo, os brasileiros estão sendo atraídos de volta ao campo por empregos na construção civil, agroindústria e em serviços pessoais, como os de caseiros em sítios e chácaras.

Cofre fechado
A votação do Orçamento ficará para 97. O Planalto não tem interesse em resolver a questão agora. Prefere entrar no próximo ano gastando apenas 1/12 avos das despesas previstas, a exemplo do que aconteceu em 96.

Cartas na mesa
Exemplo do tipo de barganha que FHC terá de enfrentar para aprovar a reeleição: na sexta, Pedrinho Abrão (PTB-GO) esteve no Planalto pedindo apoio a projeto que prorroga por 15 anos concessões de linhas de ônibus.

Batata quente
Para apoiar o projeto de Abrão, que prorroga concessões, o Planalto terá de mudar os planos do Ministério dos Transportes: realizar, em fevereiro, novas licitações para linhas interestaduais e intermunicipais.

Ninguém é de ferro
FHC reservou a tarde de ontem para um programa bem familiar: assistir "O Que É Isso, Companheiro?", filme baseado no livro de memórias do ex-guerrilheiro Fernando Gabeira (PV-RJ).

Baixa inesperada
Mais um baque para Maluf: o PL está pensando em deixar o bloco que mantém com o PPB na Câmara. E tentar dobrar sua bancada de nove deputados.

Queda-de-braço
Em conversa ontem, no Alvorada, FHC e Luís Eduardo Magalhães decidiram comprar uma briga feia com governadores e prefeitos: aprovar, amanhã, o projeto que regulamenta o Fundo de Valorização do Professor.

Conflito de interesses
Feitas as contas, Estados e Municípios descobriram que entram com R$ 1,6 bi para a implantação do Fundo de Valorização do Professor. Já. Propõem um prazo de transição de dez anos. O Planalto topa três meses.

Lata do lixo
Em documento assinado em 95, o PFL assegura "seu decidido apoio, nas eleições de fevereiro de 1997, ao candidato indicado pelo PMDB à presidência da Câmara". Amanhã, indica o seu candidato: Inocêncio Oliveira.

TIROTEIO
De Vic Pires Franco (PFL-PA), relator da emenda da reeleição, sobre a crítica de que a proposta fere a tradição republicana:
- Quem diz isso deve ter humildade para mudar. É o mesmo que manter uma ditadura de 40 anos, só porque ela já faz parte da tradição.

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