São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996
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Problemas têm explicação, diz agência

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Segundo Fátima Aragão, diretora de marketing das carteiras STB, todos os problemas detectados pela reportagem têm explicação e podem ser resolvidos.
Para ela, a desinformação, por exemplo, deriva da rotatividade de vendedores e gerentes dos estabelecimentos, e pode ser corrigida com remessas constantes de folhetos explicativos. "Atualmente, fazemos esse trabalho duas ou três vezes por ano."
Já a diferença entre o desconto informado no guia e o que é efetivamente dado na loja seria resultado direto das mudanças econômicas ocorridas após o Plano Real. "Com a estabilização da nova moeda, muitas lojas que davam descontos grandes, de 50% a 60%, baixaram para uma média de 10%", diz Fátima.
Para a diretora, essa questão está sendo contornada por meio do contato direto com os lojistas. "Quando esse problema começou a acontecer, passamos a pedir que eles sempre dessem, no mínimo, um diferencial a mais para o portador da carteira mundial."
A reportagem não encontrou, contudo, nenhum estabelecimento em que o diferencial fosse dado.
Fátima garante que o STB se esforça para manter o cadastro atualizado, o que "nem sempre é possível". Para ela, um guia anual ainda é a melhor solução: "Leva tempo fazer um guia decente, não dá para produzir tudo em três ou quatro meses".
A diretora admite que o guia editado pelo STB lista apenas um quinto dos estabelecimentos conveniados. "Não daria para incluir todo mundo, o livro ficaria muito grande", diz ela.
Porém os estudantes saem prejudicados com a versão reduzida. Fátima promete para breve um guia completo na Internet.
Quanto à não-utilização do adesivo pela maioria das lojas, ela diz que o STB faz um trabalho constante de conscientização junto aos lojistas.
Fátima planeja que essa conscientização chegue a um nível tal que o sistema passe a funcionar como os cartões de crédito: sem guias, mas com muitos adesivos.
Ao ser informado sobre os problemas com a carteira mundial, Orlando Silva Jr., 25, presidente da UNE, afirmou: "Vamos apurar essas coisas". Segundo ele, a UNE nunca soube que havia tantos problemas com o sistema do Isic.
Édson Rodrigues Filho, 24, gerente do departamento de carteiras da UNE, adiantou que uma nova carteira "vitaminada" estará no mercado, junto com um novo guia, a partir de marco do ano que vem. Custará menos e exigirá menos burocracia.
Segundo ele, o preenchimento dos formulários de inscrição da carteira mundial poderá ser feito no ato da matrícula escolar. Vela lembrar que a carteira 96 vale até março do ano que vem.
Fátima Aragão tem planos mais audaciosos para a carteira de 97. Segundo ela, as metas do STB são alcançar a "excelência no atendimento" e acrescentar ao guia "mais cultura, material escolar, shopping e comida".

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