São Paulo, terça-feira, 3 de dezembro de 1996 |
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Tríplice deve voltar a SP daqui a 15 dias
DA REPORTAGEM LOCAL O secretário da Saúde de São Paulo, José da Silva Guedes, disse ontem que o problema da falta de vacina tríplice no Estado só deve ser superado em 15 dias, com a chegada de um novo lote de vacinas do Ministério da Saúde.A vacinação com a tríplice (contra difteria, coqueluche e tétano) foi suspensa no Estado no dia 13 de novembro, depois que 15 crianças tiveram reações adversas à vacina. Como a tríplice estava em falta em todo o país, não havia como repor o lote interditado, de fabricação suíça. Foram recolhidas 350 mil doses da vacina no Estado. Com a normalização do abastecimento, o Estado aguarda agora a liberação de um novo lote, que está sendo testado pelo ministério. "A liberação das vacinas depende agora só da aprovação do INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde)", afirmou Guedes. Segundo ele, a secretaria vai pedir ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) autorização para efetuar uma compra emergencial de vacinas tríplice, para garantir um estoque regulador e evitar um novo problema. Segundo Guedes, as vacinas compradas diretamente pela secretaria devem chegar somente a partir de janeiro. "Não temos como obter o produto em menos de 15 dias porque a quantidade é muito grande e não é fácil encontrar fornecedores. Temos mais de 3 milhões de crianças vacinadas por ano no Estado", disse. Clínicas particulares Enquanto a situação não se normaliza, a única alternativa para conseguir a vacina são as clínicas particulares de vacinação, que cobram cerca de R$ 30 pela aplicação de uma dose da tríplice. A vacina tríplice é ministrada em crianças de 2, 4, 6, 15 meses e 5 anos. Segundo especialistas consultados pela Folha, não há grandes riscos para as crianças que deixaram de ser vacinadas durante a suspensão da aplicação. A difteria, a coqueluche e o tétano são causados por bactérias. Como há muitas crianças já imunizadas no país, as bactérias quase não circulam ou são muito raras no meio ambiente. Texto Anterior: Seminário discute solução para dívidas Próximo Texto: Secretário diz que cidade está imunda Índice |
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