São Paulo, terça-feira, 3 de dezembro de 1996 |
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Giz e lousa?
MELCHIADES FILHO Em quadra, o Dallas Mavericks vaga na Pré-História. Mas, fora dela, o time texano encena uma revolução futurística.Seus novos donos contrataram o mais respeitado guru da informática aplicada ao esporte nos EUA, Bob Salmi. Os primeiros, e impressionantes, frutos dessa parceria foram anunciados no sábado. Até o final da temporada, os Mavericks poderão acessar com apenas um toque todo o prontuário estatístico de um time ou jogador adversários. Primeiro, Salmi e sua equipe digitalizam todas as partidas da liga americana captadas pelas TVs. Depois, cada lance é catalogado e arquivado. O potencial de cruzamentos é infinito -e deixa babando os outros técnicos da NBA. O usuário poderá, por exemplo, pedir ao computador todas as infiltrações de Michael Jordan, saber se ele prefere bater bola pela direita ou pela esquerda, de que ponto da quadra o cestinha é mais preciso nos arremessos, qual marcação sobre ele funciona melhor... Salmi também já prevê uma videoteca digital, em que um jovem calouro poderá aprender, na tela, fundamentos e lances com seus principais ídolos. Até agora, o Dallas torrou US$ 200 mil em equipamentos de vídeo e US$ 100 mil em computadores e periféricos. Cada jogador e membro da comissão técnica recebeu um micro de mesa, um laptop e um kit multimídia. "Custa muito, mas, se render umas três vitórias, já terá valido a pena", disse Frank Zaccanelli, um dos sócios do time. O técnico Jim Cleamons considerou "interessante" o primeiro contato com a tecnologia -já tem recorrido a ela nos intervalos das partidas. O ala-pivô Chris Gatling contou à Folha que o "brinquedo" virou mania nos vôos do time. Só o armador veterano Derek Harper pareceu reticente: "O atleta é conservador e, no fundo, só quer mesmo jogar". Texto Anterior: Poucas mudanças serão muito para o futebol Próximo Texto: Bits...; ...bytes; Números, números... Índice |
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