São Paulo, quarta-feira, 4 de dezembro de 1996
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Acusado no caso Bodega é reconhecido

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O comerciante Sebastião Alves Vital, o "Basto", 31, foi reconhecido fotograficamente por quatro testemunhas como sendo um dos participantes do assalto ao bar Bodega, em São Paulo.
Vital foi preso anteontem na rua Conselheiro Basílio Jafet (centro de São Paulo), acusado de ter matado o investigador de polícia José Pereira Godoy Neto, 32.
Ele também teria dado um tiro na mão de outro investigador, Marcelo Quintana.
Segundo os delegados Wagner Giudice, do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), e Shoji Miaki, titular da Delegacia Seccional Centro, Vital confessou ter participado do assalto ao bar Bodega.
O crime aconteceu na madrugada de 10 de agosto, em Moema (zona sul de São Paulo).
Durante o assalto, os ladrões mataram a estudante Adriana Ciola e o dentista José Renato Tahan e balearam o empresário Milton Bertolini Neto.
"O Basto teria planejado o assalto e baleado o Milton", acusou o delegado Giudice.
Segundo ele, o próprio Bertolini Neto teria reconhecido Vital como sendo o homem que o baleou. O acusado deve ser interrogado ainda esta semana pelo DHPP.
Preso na carceragem do 6º DP (Cambuci), Vital não quis dar declarações à imprensa.
Seis pessoas são acusados pelo crime do Bodega. Com Vital, já são quatro os presos. Outros dois continuam foragidos.
Condenado
Segundo a polícia, Vital também teria confessado o assassinato do investigador Godoy Neto.
O crime aconteceu durante uma blitz da polícia no Parque Dom Pedro (centro de São Paulo).
"O investigador desconfiou do Vital e pediu para ele mostrar um documento. Ao invés do documento, ele pegou um revólver e deu três tiros no policial", disse o delegado Shoji Miaki.
Vital teria fugido e se escondido em um bar. Cercado pela polícia, teria disparado outros seis tiros, atingindo a mão de Quintana. Em seguida, teria se jogado na frente de um ônibus, antes de ser preso.
O acusado é condenado a 35 anos de prisão por cinco assaltos e era procurado havia três anos. Ele também responde a processos por outros dois assaltos e um homicídio, além do crime do Bodega e do assassinato do policial.

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