São Paulo, quarta-feira, 4 de dezembro de 1996
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Lojas tentam achar espaço para estoque

Lojistas aguardam 13º

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Boa parte do comércio está de olho no salário que será pago na próxima sexta-feira e nos gastos por conta do recebimento da segunda parcela do 13º para alavancar vendas para o Natal.
Os estoques -elevados- já incomodam a ponto de os lojistas estarem procurando espaços extras para acomodar as mercadorias que chegam da indústria.
No shopping Aricanduva, por exemplo, a Atlântida, especializada em brinquedos e presentes, solicitou à administração um depósito para estocar seus produtos.
José Fernandes, proprietário, diz que o volume adquirido para o Natal está 50% maior do que o do ano passado. Mas ele acredita que ainda vai desovar toda a mercadoria.
"A primeira parcela do 13º salário passou despercebida pelo comércio. Agora, apostamos no próximo pagamento e na segunda parcela", afirma.
Fernandes se animou com as compras para o final do ano porque vendeu bem para o Dia das Crianças. E mais: tem um concorrente a menos no shopping. "Assim, acredito que vai sobrar mais para mim."
Hiroko Imuta, gerente do Aricanduva, diz que os lojistas aguardam com expectativa o pagamento do salário na próxima sexta-feira.
"A maioria dos lojistas está com estoque alto, mas o fim-de-semana promete ser muito bom." Hiroko diz que o shopping espera faturar neste mês 12% mais do que em igual mês de 1995.
No shopping Penha, várias lojas também estão pedindo espaços para guardar os produtos.
Dois exemplos: Arapuã, especializada em eletroeletrônicos, e Khelf, que vende roupas para o público jovem.
Wagner Geraldes, superintendente do Penha, diz que essas lojas estão estocadas porque acreditam nas vendas para o Natal.
Ele conta que o consumo no último final de semana já foi bom. Tanto que há no shopping intenso movimento de caminhões para entrega de produtos.
O Penha aposta que pode faturar em dezembro R$ 38 milhões -18,3% mais do que em igual mês do ano passado.
No shopping Ibirapuera, informa Maria Elisabeth Mantovani Ribeiro, gerente de marketing, não há superestoque de mercadorias, mas os lojistas dizem que ainda não sentiram aumento nas vendas por conta do Natal.
"O consumidor está pesquisando. Acreditamos que só a partir da segunda semana de dezembro os negócios melhoram", diz.
O Ibirapuera espera, neste mês, faturar de 10% a 12% mais do que em dezembro do ano passado. "É bom lembrar que o Natal de 1995 não foi tão bom."
No shopping Jardim Sul, Wilson Franciscão, gerente de marketing, diz que as vendas ainda não deslancharam, o que deve acontecer no final de semana.

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