São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996
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Férias trazem trabalho para "babysitter"

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

O fim de ano e as férias escolares chegam com uma ótima notícia para quem é "babysitter". Dezembro, janeiro e fevereiro -além de julho- são os meses com maiores oportunidades de trabalho.
"Em dezembro, temos um pico de festas e eventos, e as mães precisam de alguém para deixar os filhos", diz Maria Madalena Diniz, 38, sócia da agência Bebê e Companhia, de Belo Horizonte (MG).
Segundo ela, no Natal e no Ano Novo também há uma grande procura pelo profissional. "São famílias com crianças pequenas que precisam estar acompanhadas durante as comemorações."
Famílias de alto poder aquisitivo que viajam nas férias escolares são outra fonte de trabalho. Elas requisitam o serviço de "babysitter" pelo período da viagem. O pagamento é combinado caso a caso.
R$ 110 por noite
No Natal e no Ano Novo, o profissional é muito bem remunerado -ganha em média R$ 110 por noite, de acordo com Maria Madalena. No restante do ano, o pagamento é um pouco menor.
Segundo Kátia Keiko Matunaga, 29, coordenadora do curso para "babysitter" da Colméia Instituto a Serviço da Juventude, em São Paulo a remuneração varia entre R$ 8 e R$ 12 por hora.
Em Minas Gerais, o pagamento é menor: cerca de R$ 4 por hora. Nos Estados Unidos, a média é de R$ 10,50 a R$ 14 a hora.
O maior problema enfrentado pelos profissionais do setor é o desconhecimento. "'Babysitter' não é babá", esclarece Kátia.
"Babysitter" costuma receber o pagamento por hora e, além disso, não tem contrato. Segundo ela, a confusão era mais comum no passado. "Agora, as famílias conhecem mais o nosso trabalho."
Indicação
A melhor maneira de conseguir trabalho é por meio de indicação, o que não significa que competência e preparo passem em branco.
Ter feito um curso específico sobre como cuidar de crianças é uma qualificação importante.
Além disso, o óbvio: é fundamental gostar de criança e saber lidar com ela, diz Marilena Coelho da Fonseca, diretora do Babysitter Center (SP), agência especializada.
"O profissional não pode fumar, tem de estar sempre muito limpo e precisa ter conhecimento de primeiros socorros, higiene da criança e vários outros itens."
Também é importante saber respeitar a autoridade dos pais e não interferir nos problemas da casa.
"O profissional é um estranho e deve se portar como tal. Nada de intimidades com a família e de querer conversar sem ser solicitada. O tratamento precisa ser meio formal mesmo", diz Marilena.

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