São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996
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Rateio ajuda baixar custos de serviços

DA REPORTAGEM LOCAL

Os condomínios industriais existentes no mercado tentam conquistar o cliente oferecendo principalmente a diminuição dos gastos com serviços, por meio do uso comum de equipamentos e da própria infra-estrutura do local.
Além disso, livra as empresas de preocupações comuns, como segurança do patrimônio.
"Quem não gostaria de partilhar segurança, manutenção, depósitos, empilhadeiras e outros serviços a custos menores?", pergunta Paulo Sérgio Atallah, da Direta Planejamento, que tem participação em cinco condomínios.
Segundo ele, hoje a pequena empresa tem poucas alternativas no mercado. "Em geral, só encontra um galpãozinho sem nenhuma infra-estrutura."
Terminal
A oferta de espaço comum também é aplicada para grandes empresas. A Andrade Gutierrez, por exemplo, está comercializando o Tims (Terminal Intermodal da Serra), que fica a 12 km de Vitória, no Espírito Santo.
Trata-se de uma área de 2,3 milhões de m2 (o equivalente a uma vez e meia a área do Parque Ibirapuera) que pode movimentar carga por meio ferroviário, marítimo e rodoviário.
Além das alternativas para as empresas receberem e/ou mandarem seus produtos, o Tims vai oferecer vários serviços comuns, como estacionamento para 300 carretas, balança ferroviária e serviços de apoio (brigada de incêndio, manutenção e médicos).
"Quisemos suprir todos os recursos que uma empresa necessite", diz Rubens Boechat, gerente de negócios da Andrade Gutierrez.
Uma pesquisa realizada pela Fernandez Mera Negócios Imobiliários apontou os itens que as empresas que mudam de endereço consideram importantes. Entre os principais estão o acesso rápido, proximidade do consumidor, área verde e boa oferta de transporte coletivo para os funcionários.
Custos
Exemplo da importância desse último ponto é a fábrica de embalagens Novolit-Flexolit.
Os atrasos de funcionários ocasionados pela "centralização" da sede da empresa, na Barra Funda (zona oeste de SP), chegaram a representar 10% de um total de 50 mil horas/mês de trabalho da equipe de 250 pessoas da empresa.
Esse desperdício levou a indústria a investir US$ 5 milhões na mudança da fábrica para o condomínio City Jaraguá.
Segundo o vice-presidente, Celso Hahne, hoje 65% dos funcionários moram na região, e os problemas de atraso acabaram.
Segundo ele, a opção foi por um terreno grande (65 mil m2) se deve à necessidade que a empresa tem de espaço para fazer a estocagem.

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