São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996
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Takão crê no seu comando

DA ENVIADA A BARCELONA

O técnico do Brasil, Eustáquio Araújo, o Takão, estava confiante da vitória brasileira.
"Taticamente, os dois times eram iguais, mas o Brasil jogou para ganhar", disse após o jogo.
Takão, 50, é técnico da seleção brasileira desde 1989 e já tinha conseguido um título mundial, em 1992. Sob o seu comando, este ano o time fez uma passagem exemplar pela Espanha: venceu sete jogos e empatou apenas um.
"Não me considero a estrela do time. O mérito é dos jogadores. Mas o segredo do meu treinamento foi o comando. E isso eu sei fazer bem."
Leia a seguir trechos da entrevista concedida à Folha após a partida.
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Folha - O você achou do jogo?
Takão - Foi um jogo muito equilibrado e difícil. Os dois times são equivalentes. Mas nossa equipe jogou para ser campeã e isso fez a diferença.
Folha - Em algum momento, você teve medo de uma virada do time da Espanha?
Takão - Na noite de quinta-feira (véspera da semifinal contra a Rússia), eu não consegui dormir. Mas essa noite (sábado para domingo) foi diferente. Sabia que os espanhóis eram bons, mas faltou coragem no time. Prevaleceu a vontade e o talento dos jogadores brasileiros.
Folha - Você achou essa partida melhor do que a de sexta-feira contra a Rússia?
Takão - Sem dúvida, os jogadores estavam mais concentrados, mas cometemos erros. Perdemos alguns gols e fizemos um para a Espanha (o gol contra de Manoel Tobias). Na verdade, fizemos sete gols.
Folha - Você acha que o seu trabalho foi fundamental para conseguir o título?
Takão - Não me considero a estrela do time. O mérito é dos jogadores. Mas o segredo do meu treinamento foi o comando. E sei que sei fazer isso bem.

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