São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996 |
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Esqueceram de Macaulay
INÁCIO ARAÚJO
A decadência quase inevitável desse tipo de ator é mais cruel quando, esquecido na vida real, continua a ser visto, lembrado e apreciado por trabalhos relativamente recentes (este é de 1992). No primeiro filme da série (de 1990), a fantasia convocada era a do abandono pela família. No segundo, estar perdido em Nova York é uma circunstância que o garoto consegue viver numa boa: agora, estar longe da família significa plena liberdade. E mais: o cartão de crédito do pai garante plena participação no mundo do consumo -tão mais excitante em época de Papai Noel. Para que tudo não seja perfeito, lá estão também os dois larápios do primeiro filme -Joe Pesci e Daniel Stern. Em todo caso, são eles os responsáveis maiores pelo humor da coisa. Para férias escolares, é um filme irretocável: as crianças vingam-se dos pais, gozando com Macaulay a liberdade que sempre lhes negam. Mas é um público ingrato: pode ver, pela enésima vez, Macaulay Culkin. Nem saberá dizer seu nome. Ok, Macaulay não é nenhum Laurence Olivier. Mas o esquecimento do ator mirim é mais cruel que o de qualquer outro. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Bisilliat lança "Bahia Amada Amado" Índice |
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