São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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Entenda a crise no ES

IGOR GIELOW
DO ENVIADO ESPECIAL

O estopim da crise petista da semana passada foi o vazamento de um suposto rascunho de ata de uma reunião que aconteceu na sede do bispado de Vitória.
Mas o ponto nevrálgico é a reforma administrativa pretendida por Buaiz. Que tem dois itens principais: privatização e mudança no funcionalismo.
No primeiro item, já está sendo tocada a mudança do setor agrícola do Estado, que tinha três empresas na área, e a venda do banco estadual Banestes -em fase de elaboração do edital.
Mas os recursos para equilibrar o caixa devem vir da mudança no funcionalismo. São 72 mil ao todo, incluindo 13 mil inativos.
A folha salarial come R$ 74 milhões dos R$ 78 milhões que o Estado tem de receita mensal. Com outros endividamentos, o déficit no fim do mês chega a R$ 24 milhões -há um ano.
Como não pode demitir, o governo tenta cortar 30% dos gastos aprovando mudanças em benefícios como o adicional por assiduidade e o anuênio.
Mas a oposição é forte. Organizados, os servidores têm alto índice de sindicalização (são ligados à CUT): só na administração direta e Ministério Público, são 23 mil dos 34 mil funcionários. Índice parecido ocorre na administração indireta.
(IG)

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