São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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Laudo diz que foram sete tiros

DO ENVIADO ESPECIAL

Leonardo Pareja foi puxado pelas pernas e caiu com as costas no chão, sendo arrastado e morto com sete tiros de frente e do lado direito. Existe a hipótese de que tenha havido um oitavo tiro.
Essa é uma das conclusões preliminares do laudo cadavérico de Pareja, elaborado pelo legista Rubem de Andrade Júnior, do Instituto Médico Legal de Goiânia.
O laudo definitivo só sai em oito dias. Nele constará que não houve indícios de que Pareja tenha brigado antes de morrer, pois não havia vestígios de luta em seu corpo (hematomas ou marcas nas mãos).
Além das marcas dos tiros, disparados a uma distância de um a três metros, por duas armas diferentes (calibres 38 e 45), o laudo indicará o arrastamento de Pareja.
Segundo Renato Vicente da Silva, diretor do IML de Goiânia, as lesões que apareceram nos ombros, na testa e na bochecha direita de Pareja, além de um arranhão no nariz, indicam que o assaltante foi arrastado enquanto estava vivo.
Só restou à família doar suas córneas. Ele havia dito à mãe que queria que todos os seus órgãos fossem doados quando morresse.
Um dos tiros atingiu o pescoço de Pareja, perto da orelha direita, e atravessou-lhe o rosto, saindo na bochecha esquerda. Pelo menos três atingiram o tórax. Um acertou a mão esquerda. Outro atravessou o braço direito, parando perto do coração. Há discussão quanto à trajetória de outros dois tiros.
Veriano Manoel de Oliveira Filho, o Molambo, recebeu 20 facadas e teve seu pescoço cortado. Grimar Rodrigues de Souza foi morto por um único tiro no rosto.

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