São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996 |
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Pareja temia ser assassinado Pareja temia ser assassinado DA REPORTAGEM LOCAL Leonardo Pareja temia ser assassinado após a frustrada fuga do Cepaigo, em março deste ano.O medo do sequestrador tinha duas justificativas: as críticas que ele fez à polícia de Goiás e a oposição de vários presos à maneira como Pareja liderou a rebelião. Em entrevista concedida durante a rebelião, o advogado de Pareja, Natanael Lacerda, afirmou que a vida de seu cliente corria perigo. "Ele foi ameaçado de morte por policiais e agentes penitenciários", declarou Lacerda à imprensa no dia 2 de abril. Segundo ele, durante a rebelião, Pareja não comia os alimentos dados pelo Estado aos presos por medo de envenenamento. "Traidor" A ameaça de morte dos outros presos a Pareja ficou evidente após o fim da rebelião. Os detentos que fugiram, mas foram posteriormente recapturados criticaram o plano de Pareja. Para eles, a fuga foi muito ousada, mas sem resultados práticos. Já os presos que participaram da rebelião e não conseguiram fugir o consideraram um traidor. A própria polícia admitia que a vida de Pareja corria risco. No dia 10 de abril, seis dias após o sequestrador se render, os delegados Sebastião Naves e Siron Avelar afirmaram em entrevista que os participantes da rebelião estariam ameaçando liquidá-lo. Na época, Pareja estava preso no quartel da Polícia Militar em Porangatu (GO). Mesmo com o alerta dos delegados, ele foi levado novamente ao Cepaigo, onde os presos cumpriram as ameaças. Texto Anterior: Pareja é o 6º dos 11 líderes da rebelião a ser morto Próximo Texto: A vida criminosa de Pareja Índice |
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