São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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Cesgranrio denuncia acusados de fraude em prova à polícia

Candidatos poderão ser indiciados por estelionato

DA SUCURSAL DO RIO

O advogado da Fundação Cesgranrio, Clóvis Sahione, entrou ontem com uma notícia-crime na Delegacia de Defraudações do Rio pedindo a apuração do caso de cola eletrônica praticada por 77 candidatos flagrados por fiscais da instituição.
O caso aconteceu na semana passada, durante provas do vestibular unificado para as principais faculdades particulares do Rio.
Sahione pediu que os candidatos sejam indiciados por estelionato, crime cuja pena vai de um a cinco anos de prisão.
O delegado Mário Covas, da Delegacia de Defraudações, disse que vai instaurar inquérito e iniciar amanhã as investigações. Segundo ele, existe a possibilidade de os 77 candidatos serem enquadrados também no crime de formação de quadrilha (um a três anos).
A fraude foi descoberta na última terça-feira, na segunda prova do vestibular para os concorrentes aos cursos de medicina e odontologia. Os 77 candidatos flagrados recebiam o gabarito da prova em seus relógios, da marca suíça Swatch, por meio de transmissão eletrônica. A Cesgranrio não descobriu quem transmitiu os dados.
Se ficar comprovado que esses candidatos tiveram participação no contrabando dos relógios -que não são comercializados no Brasil-, eles poderão ser indiciados também por esse crime.
O delegado Mário Covas disse ter a suspeita do envolvimento de pessoas ligadas à Cesgranrio na fraude. "Direta ou indiretamente, alguém lá de dentro deve ter participado." O presidente da Cesgranrio, Carlos Alberto Serpa, no entanto, disse não acreditar da participação de pessoas da fundação.

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