São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 1996
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Cota para carro pode ser revista

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

O governo brasileiro anunciou ontem à União Européia que poderá rever as cotas para importação de veículos, assim que se completar, em julho, o primeiro ano de vigência das regras para o setor.
Os países europeus que não têm montadoras instaladas no país podem exportar 10 mil veículos ou 20% do total de 50 mil, cuja importação está autorizada pelo regime automotivo brasileiro.
A informação foi divulgada ontem durante o encontro entre o chanceler Lampreia e sir Leon Brittan.
A União Européia é, entre as grandes fábricas, a que menos reclama, porque dois de seus países têm fábricas no Brasil (a Volkswagen alemã e a Fiat italiana), protegidas, portanto, pelos 70% de tarifa de importação.
Já japoneses e coreanos reclamam muito, porque só podem exportar com tarifa de 35% a sua cota (25 mil para os japoneses e 15 mil para os coreanos).
Os Estados Unidos estão examinando internamente o regime automotivo brasileiro, sob pretexto de que ele fere regras da OMC. Mas uma de suas montadoras, a General Motors, já fez saber que apóia o modelo, do qual se beneficia, como Fiat e VW.
Mais do que apoiar, a GM diz que seus planos de investimento no Brasil (US$ 1,25 bilhão em três novas fábricas) só são viáveis graças a essa política, "luz que nos guia e permite ver o futuro e fazer planos", segundo seu vice-presidente, André de Beer.
(CR)

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