São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Extrato suspeito; Escolhidos a dedo; Arma malufista; Pela raiz; Festa no ninho; Jogo duro; Privilégio no ar; Dinheiro novo; Ação desastrada; Ação entre amigos; Nome aos bois; Não deixou lembrança; Tudo pelo social; Decisão tomada; Bem cotado; Filho pródigo; Na Folha

Extrato suspeito
Surgiu uma pista para a elucidação do mistério da quebra de sigilo bancário de deputados: a lista teria sido preparada a partir de um estudo de liquidez dos clientes das agências do Congresso feito pelo Banco do Brasil.

Escolhidos a dedo
O estudo de liquidez dos clientes do BB teria vazado de uma das duas agências do Congresso. Alguém teria montado a lista só com os nomes de parlamentares da Executiva do PPB.

Arma malufista
Versão que circula na cúpula pepebista: a lista do Banco do Brasil estaria sendo guardada para justificar uma eventual derrota de Maluf na reunião da Executiva. A idéia seria acusar o Planalto de pressionar deputados.

Pela raiz
Sarney cogitou de mandar fechar as agências bancárias que funcionam no Congresso. Não considera saudável a proximidade com a rotina parlamentar.

Festa no ninho
Apesar de haver perdido muitos votos no PTB para a reeleição, a contabilidade dos líderes governistas indica avanços no PFL e no PSDB. Nos dois partidos, apenas sete deputados insistiriam em votar contra.

Jogo duro
A presidência da Câmara lembrou às lideranças que pode perder o mandato o deputado que faltar a um terço das sessões da convocação extraordinária.

Privilégio no ar
Alguns deputados receberam o projeto de lei geral das teles antes de ele ser oficialmente recebido pela Primeira Secretaria da Câmara, ontem de manhã. Paulo Bornhausen (SC), por exemplo.

Dinheiro novo
O BID aprovou ontem um empréstimo de US$ 500 milhões para o programa do governo federal de ajuste fiscal dos Estados. "Com isso, o país fecha 96 com US$ 1,7 bi tomado do BID", diz Kandir (Planejamento).

Ação desastrada
Grupos de defesa dos direitos humanos avaliam que a colocação da bandeira do Brasil sobre o caixão de Pareja, por um membro do Grupo Tortura Nunca Mais, só municiou os que dizem que eles defendem bandidos.

Ação entre amigos
Malan (Fazenda) escapou de ter que depor sobre o Proer na Câmara. Os deputados governistas derrubaram o quórum da comissão que votaria o pedido.

Nome aos bois
A rebelião do PMDB na comissão da reeleição tem uma razão: a demora do PSDB em formalizar apoio a Temer para a presidência da Câmara. "Está na hora dos tucanos descerem do muro", diz Jurandyr Paixão (SP).

Não deixou lembrança
Itamar Franco, ex-embaixador em Portugal, foi apresentado como o "ex-presidente do Brasil José Sarney" em uma entrevista de TV naquele país, anteontem.

Tudo pelo social
Além dos R$ 37 milhões retirados da Educação, as subcomissões de Orçamento da Câmara já desviaram R$ 357 milhões da Saúde para outras áreas. "A maior parte para obras", diz Eujácio Simões (PL-BA).

Decisão tomada
O deputado estadual Pedro Dallari já disse a três pessoas de seu grupo político, esta semana, que deixa mesmo o PT.

Bem cotado
Raul Jungmann (Política Fundiária) está em alta no Planalto. Apesar de o Congresso ainda não ter votado o ITR, FHC tem elogiado o ministro.

Filho pródigo
Depois de renunciar para evitar sua cassação pela CPI do Orçamento em 94, o ex-deputado Manoel Moreira (PMDB) voltou à atividade política. Ontem, distribuía abraços no churrasco de Quércia em São Paulo.

Na Folha
Matinas Suzuki Jr. deixa em janeiro, a seu pedido, o cargo de editor-executivo da Folha. Continua no Conselho Editorial e mantém a coluna de esportes, além de colaborar com reportagens e em projetos especiais.

TIROTEIO
De José Genoino (PT-SP), sobre FHC pedir rigor na apuração do escândalo do Orçamento:
- O presidente tem que cuidar mais do Executivo. No Congresso, há mais transparência. É por isso que o mar de lama aparece com frequência. Nos outros poderes, nem sempre é assim.

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